terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Banco Alimentar on-line recolhe 90 toneladas de alimentos

in Sol, 5 de Dezembro, 2011

A segunda edição da campanha de doação de alimentos promovida pelo Banco Alimentar contra a Fome através da Internet permitiu recolher 90 toneladas de alimentos

Os números foram hoje divulgados e dizem respeito ao período entre 24 de Novembro e 4 de Dezembro, quando decorreu a segunda edição da iniciativa Alimente Esta Ideia.

Durante aquele período os cibernautas interessados em ajudar a instituição podiam aceder a um site com o mesmo nome e efectuar doações de alimentos.

De acordo com o Banco Alimentar, durante a segunda edição da campanha o site foi acedido por mais de 60 mil pessoas, oriundas de 91 países, e permitiu efectuar a doação de 90 toneladas de alimentos, mais 22 toneladas quando comparado com a anterior edição da iniciativa, que ocorreu no passado mês de Maio.

A instituição liderada por Isabel Jonet acredita contudo que o volume de doações poderá aumentar nas próximas semanas, pois ainda estão a ser processados alguns pagamentos por parte da PayPal.

A próxima edição da campanha Alimente Esta Ideia está marcada para 24 de Maio de 2012.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Oikos lança jogo de computador e concurso sobre energias renováveis

Greensavers.pt, publicado em 04 de Dezembro de 2011.

A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento lançou o videojogo “Energy for Life”, um misto de role playing game, gestão de recursos e aventura gráfica que servirá de base a um concurso europeu, aberto a jovens estudantes do ensino secundário de Portugal, Itália, Alemanha, Espanha e Malta.

O software educativo, disponível no site oficial de forma gratuita, coloca o jogador na dupla posição de líder de um país em 2031 e de adolescente que vive em casa dos pais em 2011. Ao jogar, simultaneamente, em duas épocas, o participante tem a oportunidade de aprender lições importantes no presente que lhe permitirão governar melhor no futuro.

O jogo, sob o lema “Prepara-te para o Futuro”, foi desenvolvido em Portugal pela Oikos e pela Inovaworks, com a colaboração do IPCA e da Caos. O concurso, por sua vez, já se encontra aberto e decorre até ao dia 15 de Fevereiro do próximo ano.

A iniciativa insere-se no projecto Energy for Life, uma parceria entre a Oikos, a DGS (Alemanha), a Ecodes (Espanha) e o Instituto Oikos (Itália), que conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.

Governo anuncia criação de Plano Nacional de Voluntariado

in iOnline, 2011-12-04

O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou hoje a criação do Plano Nacional de Voluntariado, que pretende "chamar ações de responsabilidade social para dentro do próprio Estado" e "estimular o voluntariado" de jovens e estudantes.

Pedro Mota Soares encerrou hoje a conferência da entrega do Prémio Manuel António da Mota, que hoje decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto, tendo afirmado que "no âmbito no Programa de Emergência Social, o Governo identificou a área do voluntariado como uma das áreas essenciais onde é preciso fazer um conjunto de coisas".

"Por isso mesmo, queremos lançar este Plano Nacional de Voluntariado que aposte de forma muito concreta em mudar, de forma significativa um conjunto de comportamentos", explicou em declarações aos jornalistas.

O ministro explicou que, em primeiro lugar, há o objetivo de "chamar também ações de responsabilidade social para dentro do próprio Estado", considerando fundamental que este "também dê o exemplo" e que em vários institutos, organismos, empresas públicas possa haver "programas de responsabilidade social que incentivem o voluntariado".

"Tal como será certamente muito importante trabalharmos na possibilidade de se criarem alguns bancos de horas que permitam a muitos trabalhadores poderem desempenhar ações de voluntariado, porque isto também qualifica e capacita muito os próprios trabalhadores e certamente tem, do ponto de vista social, um grande impacto", explicou.

Como segundo ponto, Mota Soares disse ser "muito importante poder mudar e estimular o voluntariado dos mais jovens e dos estudantes" e por isso, em conjugação com o Ministério da Educação, irão "alterar os currículos escolares de forma a permitir, nos diplomas que as escolas passam no final do ano, uma inclusão sobre todas as ações de voluntariado que os jovens têm vindo a fazer".

"Isto é muito importante para que as ações de voluntariado não caiam muitas vezes em saco roto e porque, cada vez mais, o mercado de trabalho, valoriza do ponto de vista dos currículos, toda a dimensão social que os nossos jovens vão tendo", acrescentou.

O responsável pela tutela disse ainda ser "muito importante conseguir estabelecer uma agenda, um conjunto de metas e compromissos" para se continuar o trabalho no voluntariado, defendendo que isto é "muito mais importante numa altura em de dificuldades quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social".

Questionado pelos jornalistas sobre quando estará concluída a alteração à lei do voluntariado, Pedro Mota Soares garantiu que o Governo quer fazer isto "num brevíssimo espaço de tempo".

"Por isso mesmo já constituímos um grupo de trabalho que está a fazer esta análise e calculamos que dentro de 30 dias, no máximo, já possamos ter estas mesmas conclusões para depois iniciarmos um processo de alteração legislativa", avançou, acrescentando que uma das matérias já identificadas é a necessidade de "baixar a idade de acesso ao seguro social voluntário, que hoje está em 18 anos, para pelo menos 16 anos".

domingo, 4 de dezembro de 2011

Kindness Boomerang - "One Day"





One Day, Matisyahu

Sometimes I lay under the moon
And I thank God I'm breathin'
Then I pray don't take me soon
'Cause I am here for a reason

Sometimes in my tears I drown
But I never let it get me down
So when negativity surrounds
I know someday it'll all turn around because

All my life I been waitin' for
I been prayin' for, for the people to say
That we don't want to fight no more
They'll be no more wars
And our children will play, one day

It's not about win or lose 'cause we all lose
When they feed on the souls of the innocent blood
Drenched pavement keep on movin'
Though the waters stay ragin'

And in this life you may lose your way
It might drive you crazy
But don't let it phase you, no way

Sometimes in my tears I drown
But I never let it get me down
So when negativity surrounds
I know someday it'll all turn around because

All my life I been waitin' for
I been prayin' for, for the people to say
That we don't want to fight no more
They'll be no more wars
And our children will play, one day

One day this all will change
Treat people the same
Stop with the violence down with the hate
One day we'll all be free and proud
To be under the same sun
Singing songs of freedom like

{ From: http://www.elyrics.net/read/m/matisyahu-lyrics/one-day-lyrics.html }

sábado, 3 de dezembro de 2011

Jantar em família ajuda a formar adolescentes felizes





in Sol, 7 de Novembro, 2011



Uma pesquisa recente demonstra que jantar à mesa em família pode beneficiar os adolescentes mais do que se pensa, na medida em que contribui para reduzir as probabilidades de que os jovens venham abusar drogas, cigarros ou álcool.

Na semana passada um centro de investigação de abuso de substâncias norte-americano publicou um estudo acerca de como as refeições em família podem ter impacto na saúde dos jovens adolescentes.

Aqueles que jantam com a família cinco a seis vezes por semana têm quatro vezes menos probabilidades de consumir álcool, tabaco e cannabis do que jovens que jantam menos de três vezes por semana com os pais.

Um estudo britânico, por outro lado, mostra que jantar em família é um ingrediente crucial para assegurar a felicidade das crianças.

Os investigadores descobriram que as crianças que jantam em família mais de três vezes por semana demonstram níveis mais elevados de felicidade.

De acordo com Maris Iacovou, médico da Universidade de Essex, e ao contrário da crença generalizada de que os jovens preferem estar sozinhos a ver televisão ou a jogar no computador, a verdade é que estes são mais felizes quando interagem com os seus pais e familiares.

O jornal The Independent refere que fazer coisas em família e limitar as actividades extra escolares das crianças para que possam ter tempo para estar em família, ajuda a criar um ambiente familiar saudável e, dessa forma, educar crianças mais equilibradas e felizes.

SOL

sábado, 5 de novembro de 2011

Onde está no meio de 7 biliões de pessoas?

Aplicação 

A população mundial a atingir os 7 biliões de pessoas é um grande acontecimento. Desde 1968 a população mundial duplicou. No entanto, apesar da queda relevante no número médio de filhos por mulher, o crescimento da população deverá continuar pelo menos até meados do século 21. Quase todo esse crescimento da população ocorrerá nos países menos desenvolvidos, em países que já enfrentam grandes dificuldades satisfazer as necessidades básicas de seus cidadãos.

Hoje, em todo o mundo as pessoas estão vivem vidas mais longas e mais saudáveis. Mais e mais pessoas podem escolher o seu parceiro, o seu modo de vida e o tamanho da família. No entanto, ainda persistem desigualdades e deparamos-nos com grandes desafios. Enquanto os países mais ricos estão preocupados com a baixa taxa de natalidade e o envelhecimento da população, as nações mais pobres lutam para conseguir responder às necessidades de populações que crescem muito rapidamente. A diferença entre ricos e pobres vai continuar a crescer, e mais pessoas estarão vulneráveis ​​à insegurança alimentar, a escassez de água e desastres relacionados com o clima.

Se conseguimos, ou não, viver juntos num planeta saudável depende das escolhas individuais e das decisões que tomamos agora. Num mundo com 7 biliões de pessoas precisamos de ser capazes de contar uns aos outros.

A fim de se entender o que está acontecendo ao nosso redor, e colocar-se em perspectiva para o resto do mundo, o UNFPA criou o 7 Billion and Me. Com esta aplicação você será capaz de relacionar as suas características pessoais, como o sexo, idade, data e local de nascimento, ou residência atual, com a situação de um mundo com 7 biliões de pessoas. Pode surpreender-se com o que vai descobrir. Divirta-se!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Células centenárias voltam a ser jovens

Cientistas franceses reprogramam células de idosos para voltarem a ser pluripotentes, como as células embrionárias.

in Dn, 1 de Novembro de 2011

Reprogramar células humanas adultas para as reconduzir à fase em que elas são estaminais pluripotentes (em que dão origem a qualquer célula dos diferentes tecidos do organismo) foi conseguido pela primeira vez em 2007. Mas um grupo de investigadores franceses deu agora um passo mais além, ultrapassando o que era até agora a barreira do envelhecimento celular. Os investigadores conseguiram fazer o mesmo tipo de reprogramação, mas utilizando células de pessoas idosas, uma delas com mais de cem anos, devolvendo toda a frescura inicial às células centenárias, que não conservaram qualquer traço de envelhecimento.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Movimento Dou. “Não tem nada que agradecer” ou a receita ideal para a crise

Dê o que já não quer e receba o que precisa.

i Online, por Maria Espírito Santo, publicado em 1 Nov 2011

Deitar ou não deitar fora, eis a questão.

Já qualquer comum mortal se viu perante este dilema: de não saber o que fazer a coisas arrumadas na dispensa, no fundo do armário, nos recantos da garagem ou nas últimas gavetas de cómodas. Roupa, sapatos, aparelhos electrónicos e outros objectos que são quais almas penadas, colocadas em modo stand by para um futuro próximo que está afinal a anos--luz de distância. Tudo culpa de um pensamento persistente: “Um dia ainda me vai dar jeito, um dia ainda vai dar jeito a alguém.” Não se atormente mais, saiba que o dilema tem solução. Agora pode dar tudo aquilo que já não quer a alguém que lhe dará maior valor e utilização.

Arrume a casa e a consciência social.

Chama-se “Movimento Dou”, ideia que ganha corpo no site dou.pt. Aqui pode divulgar aquilo que quer dar ou procurar em catálogos outras coisas que precise. “Tudo começou com a placa gráfica do meu pai que avariou!” relembra Pedro, entre risos. “Passados dois meses, um amigo de um amigo tinha uma placa para dar, que guardou porque achou que um dia iria dar jeito a alguém.” Pedro é uma das figuras atrás do Movimento Dou. Conta que esta situação caricata funcionou como “teaser” para o projecto que conhecemos hoje. A vontade que nasceu em 2009 foi ganhando contornos mais definidos “em jeito de brincadeira”, entre conversas de café e agora, finalmente, fez nascer o site dou.pt.


A apresentação é simples e a mensagem também. Quer queira dar ou receber, tem de se inscrever. No caso de dar, tem que deixar uma informação breve sobre o bem, operação que demora cerca de 30 segundos – isto se não quiser alongar-se na descrição. Perante vários potenciais interessados, a escolha está nas suas mãos, de decidir a quem quer dar. A entrega pode ser feita em mãos, em casa da pessoa ou noutro local a ser combinado.

A recepção está a ser boa, tanto que o site esteve em baixa durante algumas horas do dia de ontem. Ainda assim, as dúvidas mantêm-se: “Não há um armazém e não é para a caridade, as pessoas ficam super confusas.” Na página de Facebook, há quem deixe questões e outros propostas. Uma destaca-se: que no site também se possam deixar pedidos, daquilo que se precisa. Segundo Pedro, esta ideia não é uma prioridade porque está provado que apesar de funcionar “as pessoas se sentem invadidas por pedidos”. 

É praticamente tudo aquilo que se pode dar e receber. Filmes, livros, carrinhos de bebé, colchões e ferros de engomar são alguns dos exemplos. “Um senhor pôs lá uma mula para dar, até parecia sério, mas não pode ser…” Assim sendo, fora do limite do aceitável ficam animais vivos, bens perecíveis, armas de fogo e medicamentos. E para, gradualmente, atribuir credibilidade ao sistema, muito em breve será possível que os utilizadores do serviço se classifiquem uns aos outros, classificação essa que estará visível a todos.

Para já, tudo funciona de forma gratuita. Mas, futuramente e ainda sem data definida, deverá ser imposta uma taxa simbólica de um euro. Isto quer dizer que as pessoas pagarão este valor independentemente do tipo de produto. E, se não forem as felizes eleitas com o mesmo, o valor ficará guardado em saldo para “compras” posteriores. Além de ajudar à manutenção do site, tem outra tarefa essencial. “É muito importante”, adianta Pedro, “vai desviar o brincalhão que quer 300 coisas só porque sim e o facto de pagar um euro faz com que tudo isto deixe de ser lixo para passar a ser uma pechincha!”. Computador à frente, rato na mão, site no endereço certo. Ainda hoje, livre-se do que já não quer, arranje o que precisa, ajude o ambiente, alivie a carteira e combata a crise. Uma cambada de coelhos de uma cajadada só, é o que é. 

Mais informação em: www.dou.pt

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Parque Biológico de Gaia recebe hoje Prémio Quercus 2011

GreenSavers, 31 de Outubro de 2011

O Parque Biológico de Gaia foi considerado a melhor empresa de gestão ambiental do país e é por isso que será distinguido esta segunda-feira com o Prémio Quercus 2011. O galardão servirá igualmente para homenagear, este ano, o professor Viriato Soromenho Marques.

Através do projecto Parque Biológico, que tinha o objectivo de conseguir que Gaia disponibilizasse sete metros quadrados de zonas verdes por habitante, foram construídos os parques das Corgas, de Sandim, da Lavandeira e até a primeira reserva natural em meio urbano: Cabedelo. Actualmente, a imagem de marca do conselho prova que é possível conjugar desenvolvimento económico com políticas ambientais.

O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Luís Filipe Menezes, recordou que, em 1998, quando chegou à autarquia, a cidade era “a capital do desordenamento”, com apenas dois metros quadrados de zonas verdes por habitante. Hoje é, portanto, “um orgulho” ser distinguida com um Prémio Quercus, que promove entidades, empresas ou cidadãos que se evidenciem na defesa do ambiente e na promoção do desenvolvimento sustentável.

O autarca tem ainda planos de criar um parque junto à ponte Maria I e aguarda verbas para levar o parque biológico, em Avintes, “até aos seus limites”, como afirmou à agência Lusa, citada pelo Diário Digital.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A população portuguesa em 24 horas

in Público, 1 de Novembro de 2011

Carregue na imagem para ver a animação.  



Mais informação em Pordata.

Cerveja 100% natural e artesanal, que faz bem à saúde

Dois investigadores da Universidade do Minho (UM) apostaram na criação de cerveja “cem por cento natural e artesanal”, um produto que em breve passarão a produzir e a servir no restaurante que vão abrir “muito perto de Braga”.

Ciência Hoje, 2011-10-26



É um conceito inovador em Portugal, que acreditamos que tem viabilidade. No próprio restaurante teremos uma mini-fábrica de cerveja cemAposta por cento natural, feita exclusivamente com cereais de produção biológica. E é essa mesma cerveja que será servida ao cliente”, disse um dos investigadores.
Francisco Pereira explicou que a cerveja “não é filtrada, ou seja, contém a própria levedura, sendo assim uma fonte de sais minerais, vitaminas e compostos para regulação do nosso organismo. Não tem químicos nem conservantes, pode-se dizer que é uma cerveja que faz bem à saúde”, acrescentou.

Francisco Pereira abriu com Filipe Macieira uma empresa que, neste momento, tem uma capacidade de produção na ordem dos 300 litros de cerveja por mês. Uma produção que, garante, é escoada “em poucos dias”, um sinal da “grande aceitação” que o produto tem tido no mercado.

É servida em garrafas de 0,75 litros, com rolhas de cortiça, semelhantes às do champanhe, ao preço de três euros e meio. Até ao momento, os investigadores já desenvolveram cinco tipos de cerveja, sendo a de trigo, ao estilo alemão, a que tem tido mais aceitação. Destaque também para a “belgian ale”, com 10 por cento de álcool, que é a mais forte.

No campo oposto, figura a pilsner checa, a mais leve de todas e a mais indicada para beber “descontraidamente numa esplanada”. Além da venda no seu restaurante, os investigadores projectam também distribuir as suas cervejas pelo mercado. Francisco Pereira e Filipe Macieira são doutorandos em soluções para a indústria da experimentação e para a indústria cervejeira.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Da Índia rural para a civilização, com muito Sol (e energia)

“[Tentei] equilibrar a estabilidade social, económica e ambiental no mesmo nível. E destruir os mitos de que os pobres não podem pagar pela tecnologia, que não podem mantê-la e que não se pode gerir uma empresa comercial e atingir os objectivos sociais”

in GreenSavers, publicado em 3 de Outubro de 2011. 


Depois de dividir a sua formação entre o Instituto de Tecnologia da Índia e Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, Harish Hande não se tornou engenheiro eléctrico, como seus colegas. Ele tinha uma missão mais compexa e decidiu focar-se na socioeconomia da implantação de tecnologia.

Em 1995, Hande fundou a Selco – Solar Electric Light Company – e confiou o seu investimento à E+Co, uma organização de desenvolvimento internacional especializada em empreendedorismo social. O objectivo era conciliar o desenvolvimento social, económico e ambiental, e fazer chegar a tecnologia – a caríssima tecnologia das renováveis – à Índia pobre e rural. E, basicamente, destruir mitos.

[Tentei] equilibrar a estabilidade social, económica e ambiental no mesmo nível. E destruir os mitos de que os pobres não podem pagar pela tecnologia, que não podem mantê-la e que não se pode gerir uma empresa comercial e atingir os objectivos sociais”, explicou.

Há 15 anos que a Selco faz parcerias com pequenos bancos da Índia rural, no sentido de levar a electricidade a mais de 100 mil casas, em vilas e aldeias que nunca tinham visto o brilho da luz eléctrica. Este parceria traz uma grande responsabilidade à família que recebe a benesse renovável: ela é dona do sistema e paga com microcréditos flexíveis.

Hande e a sua Selco são hoje portadores de inúmeras histórias sobre desenvolvimento social e económico. Porque mais do que levar a electricidade a casas, até então, às escuras, o empreendedor levou uma mudança de mentalidade a esta população, alguma educação e literacia.

Ora veja: a Selco descobriu um tipo de aritmética que só se pode aprender ao conhecer o dia-a-dia de uma população. Hande conta uma história de uma mulher que não podia pagar um painel solar se o empréstimo fosse de 300 rupias por mês, mas poderia fazê-lo a 10 rupias por dia. Porquê? Porque ela nunca conseguiria economizar 300 rupias do por mês mas, no seu dia-a-dia, usava 15 rupias em querosene. Eliminada esta despesa com o painel solar, ela já poderia pagar o empréstimo.

Outro exemplo de como há problemas que apenas podem ser resolvidos no terreno: há milhões de indianos pobres que têm telemóveis, ainda que não tenham tomadas para os carregar.

As recargas de telemóveis custam 5 rupias, quando o rendimento mensal médio de uma família é de apenas 1600 rupias por mês (€22; R$55). “É uma ironia. Enquanto ficamos mais pobres dentro do quadro da sociedade, mais energia gastam as pessoas. Se pensarmos nestes investimentos [em energia] a cinco anos, [as renováveis] ficam iguais ou mais barato”, explica o empreendedor.

Então, chegamos a uma conclusão: na Índia rural, a energia solar é mais barata que a convencional. E uma família que ganha 22 euros por mês está melhor servida – mesmo financeiramente – por uma fonte iluminada de energia limpa, ao contrário do que pensa meio mundo, sobretudo nos países desenvolvidos.

Uma das mais incríveis notícias recebidas, nos últimos meses, por Hande, explica que a melhor universitária formada, em 2010, no estado de Karnataka – onde fica o centro tecnológico da Índia moderna, Bengalore – cresceu numa aldeia iluminada pelos painéis solares da Selco. E isso, como se sabe, não tem preço.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Futebolista de 89 anos é recorde do Guiness

in DN, 4-10-2011

Tércio Mariano, brasileiro de 89 anos, é uma prova viva de que "velhos são os trapos". Todas as manhãs, Tércio levanta-se para uma caminhada de dez quilómetros, trata da sua quinta, ordenha as vacas e cultiva alguns alimentos. Até aqui, nada de inédito, não fosse Tércio Mariano o mais velho futebolista em actividade.

O livro de recordes do Guiness reconhece Tércio Mariano como o mais velho futebolista em actividade. Aos 89 anos, o brasileiro joga como lateral direito no Goiandira, clube da sua terra natal, que representa desde 1973. Tércio sabe cruzar, jogar de calcanhar e fazer golos. O seu ídolo é, também, um veterano do futebol brasileiro: Romário, ex-craque do Barcelona, que tem... metade da idade de Tércio Mariano.

"Muitos já me disseram: O que se passa na tua cabeça?, com essa idade a jogar futebol? Você não tem juízo, não?. Eu digo: Não, enquanto as pernas aguentarem eu continuo", revelou, numa reportagem feita por uma cadeia televisiva brasileira.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Escolhas alimentares amigas do ambiente

Hábitos alimentares "verdes"

in Life&Style, bem estar - Público, 01.10.2011 por Patrícia Padrão, nutricionista

A produção intensiva de alimentos observada nas últimas décadas tem-se associado a uma grande emissão de gases com efeito de estufa que contribuem para o aquecimento global. É estimado por exemplo, que o sistema alimentar dos Estados Unidos, contribua para, pelo menos, 20 por cento dos gases com efeito estufa produzidos no país.

Uma alimentação amiga do ambiente é a que acarreta uma baixa emissão de gases com efeito de estufa, nas várias fases do ciclo dos alimentos, incluindo produção, embalamento, processamento, transporte, preparação e tratamento dos desperdícios. À quantidade de gases com efeito de estufa emitidos por cada cidadão chama-se pegada de carbono e esta varia de pessoa para pessoa, de acordo com as suas escolhas. Desta forma, os nossos hábitos alimentares diários, poderão ter um impacto significativo sobre as mudanças climáticas.

A carne produzida de forma intensiva é um dos alimentos com maior impacto ambiental. No Brasil, um dos maiores produtores mundiais de carne, estima-se que a criação de bovinos tenha sido responsável por grande parte da desflorestação do Estado do Amazonas, com as implicações ambientais que lhe são inerentes. Medidas como reduzir o consumo de carne e aumentar a ingestão de produtos hortofrutícolas, poderão contribuir muito para a diminuição da emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global.

Há que ter em conta também o transporte a que os alimentos estão sujeitos, já que este aspecto poderá ser responsável por uma elevada variabilidade na emissão de gases. Por exemplo, o consumo de frutos tropicais que viajaram de avião até nós, associa-se à emissão de cerca de trinta vezes mais gases responsáveis pelo aquecimento global comparativamente a frutos produzidos localmente. Já o transporte de maçãs por via marítima pode aumentar a produção de gases com efeito de estufa em 100 por cento em comparação às maçãs portuguesas que nos chegam por via terrestre. Mesmo por esta via, os longos percursos acarretam maiores emissões de gases para a atmosfera, sendo por isso a “maçã” da nossa terra, a escolha mais sensata em termos ambientais.

Outro aspecto a ter em consideração quando se fala de alimentação e ambiente, será o respeito pela sazonalidade dos alimentos. Actualmente, começamos a ter dificuldade em saber a que estação do ano pertence aquilo que consumimos, já que uma grande parte dos alimentos passou a estar disponível durante todo o ano. Degustamos (já sem espanto) cerejas, melão ou uvas pelo Natal e temos à disposição tomate ou feijão-verde durante todo o ano e esquecemo-nos que, para além do conteúdo nutricional dos alimentos fora de época ser diferente, os custos ambientais são bem mais elevados.

Os alimentos muito processados, por outro lado, obrigam a um consumo elevado de energia, resultando frequentemente numa elevada quantidade de desperdícios relacionados com o embalamento. Para além desta questão, preservamos mais o ambiente se reduzirmos a produção de desperdícios alimentares, adequando as porções de alimentos ao nosso apetite, evitando assim sobras desnecessárias.

Preferir uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal, produzidos localmente e sempre que possível não embalados, associada a um menor consumo de carne, será um passo importante em direcção a uma alimentação amiga do ambiente, com a vantagem de tender a ser também do ponto de vista nutricional, mais em consonância com as recomendações internacionais para a prevenção das doenças crónicas da civilização.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vírus pode eliminar cancro da mama em sete dias


Os benefícios do vírus adeno-associado estão a ser estudados em laboratório, nos Estados Unidos
in ionline, por Filipe Morais, Publicado em 25 de Setembro de 2011


A descoberta foi anunciada no fim da última semana por cientistas da universidade estatal de Penn, no Estado da Pensilvânia, EUA, e quase parece boa de mais para ser verdade. Um vírus que mata as células de todos os tipos de cancro da mama em apenas sete dias. O vírus em causa é um adeno-associado tipo 2 (AAV2) e só por si não provoca qualquer doença e também não terá efeitos secundários para as pacientes.

Os cientistas deram pelas suas capacidades de luta contra o cancro em 2005 e perceberam que as mulheres que transportavam o AAV2 e o papilomavirus humano tinham menos probabilidades de desenvolver determinados tipos de cancro. Quando combinados em laboratório, os cientistas da Pensilvânia confirmaram a erradicação de células cancerosas, em casos de cancro da mama, no período de sete dias. Os testes foram feitos em três mulheres, com cancro da mama em diferentes fases A cientista Samina Alam explia que agora o objectivo passa por perceber "como o vírus funciona e quais as proteínas que usa. Aí poderemos desenvolver novos medicamentos que simulem esses efeitos ou mesmo usar o próprio vírus". Craig Meyers, professor de imunologia e microbiologia na mesma universidade, acrescenta que o AAV2 "sozinho, atingiu células cancerígenas em diferentes estados, quando o tratamento habitual inclui hormonas, tratamentos invasivos, medicamentos ou tratamentos tóxicos".

Em 1980 foram registados 641 mil casos de cancro da mama em todo o mundo, o que subiu para um milhão e 643 mil casos em 2010.





domingo, 25 de setembro de 2011

O Porto vai Acreditar - "Música por uma Ca(u)sa" - construção da Casa da Acreditar na cidade do Porto

A Rádio Comercial é a rádio oficial do projecto "Música por uma Ca(u)sa", iniciativa da Sonae Sierra para o apoio à ACREDITAR - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, na construção da Casa da Acreditar na cidade do Porto.

Já existe uma Casa da Acreditar em Lisboa, Coimbra e no Funchal, mas no Porto ainda não. Com o seu apoio, a Rádio Comercial vai ajudar a construir a casa da ACREDITAR no Porto, para que todas as crianças com cancro da zona norte possam ficar alojadas com as suas famílias mais perto do local onde recebem tratamentos, sem terem de fazer longas viagens diariamente.

Juntos vamos ACREDITAR

Manhãs da Comercial "apadrinham" a causa

As Manhãs da Comercial, com o Pedro Ribeiro, a Vanda Miranda, o Nuno Markl e o Vasco Palmeirim, vão apadrinhar a construção da casa da Acreditar no Porto. A ideia é construir uma ¿Casa longe de casa¿ que dê apoio logístico e emocional às crianças e respectivas famílias deslocadas durante os períodos de tratamento ambulatório no Porto.

LINHA | O PORTO VAI ACREDITAR:  760 50 10 60 (custo de 0,60 euros + IVA)
NIB | O PORTO VAI ACREDITAR:  0033.0000.0011.785.4031.05

Obrigado por ajudar esta causa.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Festival de Observação de Aves de Sagres arranca dia 30 de Setembro

A segunda edição do Festival de Observação de Aves de Sagres começa no dia 30 de Setembro, em Vila do Bispo, com o objectivo de divulgar o turismo ornitológico, bem como a observação de aves enquanto actividade pedagógica, científica e de lazer.

5 de Agosto de 2011

Até dia 2 de Outubro, o evento contará com diversas iniciativas, organizadas pela autarquia, com o apoio da Associação Almargem e a SPEA.

Os interessados, com conhecimento na área ou não, podem participar em saídas de campo guiadas por especialistas, passeios de barco, cursos temáticos, workshops, palestras, jogos, tertúlias, entre outras actividades. Haverá ainda acções de carácter científico em torno da monitorização de aves de rapinas em migração, esclarece a organização em comunicado.

Sagres é uma região muito especial, devido ao seu patrimonio biológico único na Europa. Aqui, podemos encontrar uma enorme diversidade de habitats, desde os marinhos aos florestais, passando pelos os estuarinos, os dunares e os agrícolas, que albergam, naturalmente, centenas de espécies de fauna e flora. Destacam-se vários endemismos florísticos, numerosos cetáceos, mamíferos terrestes e, claro, muitas aves.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ferro, pequena freguesia da Covilhã, transforma sucata em vacinas gratuitas para os bebés

A lenda das vacinas feitas de sucata

in Jornal de Notícias, 2011-09-20, Ana Sousa Dias




Ferro, pequena freguesia da Covilhã, transforma sucata em vacinas, e isto não é uma metáfora nem um passe de mágica. É saber gerir os escassos meios disponíveis, em benefício da população.

Aprendi uma História de Portugal feita de heróis, alguns dos quais, percebi mais tarde, eram mais ou menos inventados. Já houve muitas discussões teóricas e práticas sobre a ideia de herói, não sei acrescentar nada a isso. O que quero trazer aqui é uma história com h pequeno, mas cheia de gente dentro: heróis, pois claro. A Junta de Freguesia de Ferro, na Covilhã, transforma sucata, móveis e electrodomésticos velhos em vacinas gratuitas para os bebés.

Não conheço Ferro, já atravessei certamente a freguesia pela A23 (uma ex-scut), mas não tenho ideia de ter percorrido os caminhos nem as aldeias. Fui espreitar na Internet, vi paisagens amplas com e sem neve, a serra ao longe, percebi que a produção de fruta está a correr bem e gostei da fotografia da capela do Sagrado Coração de Maria.

Li a história exemplar, ou melhor, tropecei nela, e fiquei contente. Uma boa notícia!

A Junta de Freguesia de Ferro, com dois enfermeiros e uma engenheira, sabe como gastar o dinheiro conseguido através da recolha de monos. As pessoas da terra não deixam escapar uma máquina de lavar abandonada na estrada sem ir a correr avisar. De uma cajadada, a Junta trata da saúde ao ambiente e à população, até porque, em vez de dar o dinheiro às famílias, oferece vacinas no valor de 308 euros a cada recém-nascido.

Diz o presidente da Junta que o dinheiro só chega para 20 bebés por ano, mas que seria óptimo se precisasse de mais - queria dizer que havia mais gente a nascer.

Não vou perder tempo nem linhas a fazer a comparação óbvia da semana. São 6100 euros de vacinas contra meningites ou pneumonias, não são 1,7 milhões.

Prefiro deixar escritos os nomes dos responsáveis da Junta - Paulo Tourais, Magda David e Augusto Macedo. Foram eleitos na lista do PSD, com 75 por cento, mais do que o mesmo partido ali conseguiu para a Câmara.

Apetece-me, no entanto, colocar uma questão que é hoje muito actual: os eleitores sabem o que fazem quando votam, e sabem-no tanto melhor quanto mais próximos estão dos eleitos. Mas nem todos os eleitos merecem a confiança que lhes é dada, nem todos sabem fazer contas e tomar decisões a pensar nos que estão agora a nascer.

Ferro, pequena freguesia da Covilhã, transforma sucata em vacinas, e isto não é uma metáfora nem um passe de mágica. Chama-se a isto saber gerir os meios disponíveis, em benefício da população sem gastar à toa os dinheiros públicos nem criar situações insustentáveis.

Os heróis da minha escola eram verdadeiros ou falsos, honestos ou bandoleiros. Não importa. Dois enfermeiros e uma engenheira podem fazer toda a diferença nos dias de hoje.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estratégias para vencer a “síndrome pós-férias”.

Regressar de férias na véspera do dia de trabalho pode aumentar a probabilidade de sofrer sintomas menos agradáveis, como a ansiedade e a irritabilidade? E que, por outro lado, levantar-se da cama progressivamente mais cedo nos dias que antecedem as responsabilidades laborais pode favorecer a sua readaptação às rotinas do quotidiano?


in Rituais de Vida Saudável 

Ritual: Aproveite os primeiros dias de trabalho para estabelecer os objectivos a alcançar no ano que se segue. Quem sabe este não é o incentivo que precisa para um regresso ao ambiente laboral cheio de energia e entusiasmo?!

Com maior ou menor intensidade, todos nós sentimos alguma nostalgia depois do período de férias. Nos casos em que as férias foram bastante prolongadas e/ou quando se deixou acumular demasiado cansaço antes do recurso às mesmas, poderão inclusive surgir episódios de ansiedade, angústia, enxaquecas (as tão conhecidas dores de cabeça), perda de apetite e até humor depressivo. Nada que do ponto de vista fisiológico e psicológico não tenha explicações evidentes.

Se pensarmos que o regresso à vida normal implica, em grande parte dos casos, a exposição ao stresse laboral, a readaptação às rotinas domésticas e aos horários matutinos, a reorganização familiar e, para quem vive em grandes cidades, o confronto com o congestionamento rodoviário, facilmente encontramos razões de sobra para os sintomas referidos.

Contudo, há que tomar algumas precauções para que a chamada “síndrome pós-férias” – habitual numa elevada percentagem de pessoas - não elimine os benefícios desta preciosa época do ano. Deixamos de seguida algumas sugestões que podem ajudar a superar esta fase angustiante. E já agora, porque não divulgá-las também pelos seus colegas de trabalho?! Votos de um bom regresso de férias!

A CONSIDERAR:
  • Evite regressar de férias na véspera do dia de trabalho! Reservar 2-3 dias para, progressivamente, se adaptar aos novos horários e rotinas, pode ser uma estratégia interessante para esboçar um sorriso no primeiro dia de trabalho.
  • Se aproveita as suas férias para prolongar o sono matinal, procure deitar-se um pouco mais cedo nos 3-4 últimos dias, levantando-se também um pouco mais cedo neste período. Certamente o regresso aos horários mais rígidos ficará facilitado.
  • Procure dormir tranquilamente entre 7 a 8 horas por dia, restabelecendo a energia que os primeiros dias de trabalho lhe podem tirar.
  • Não deixe as compras imprescindíveis para a última hora! Enquanto passeia nas suas férias, pode muito bem passar numa papelaria e adquirir alguns dos materiais escolares que os seus filhos mais precisam. Além disso, evita as habituais filas. E já agora, porque não guardar a lista de materiais a adquirir de um ano para o outro? Será menos uma preocupação…
  • Porque não aproveitar o fim das férias para planear as férias seguintes?! Mesmo que seja em tom de brincadeira, a adopção desta sugestão poderá ajudar a prolongar o clima de descontracção e alegria. Parece-lhe sugestivo?
  • Se a gastronomia das suas férias é tipicamente mais calórica, opte por incluir mais alimentos de origem vegetal nas refeições do período que se segue. As leguminosas, a fruta, os cereais integrais, os vegetais (especialmente os de folha verde e crucíferos) são especialmente interessantes para um melhor controlo do seu peso.
  • Aproveite a adaptação às velhas rotinas para incluir também algumas outras mais saudáveis! Quem sabe se a inscrição num ginásio ou o início de um programa de caminhada com o(a) melhor amigo(a) não tornarão este ano mais rico na promoção da sua saúde?
  • Guarde na sua memória os melhores momentos que desfrutou nas férias: os locais mais bonitos, os restaurantes mais encantadores, as praias mais relaxantes, as brincadeiras mais ridículas (!), as músicas mais aconchegantes, os beijos mais refrescantes… Relembrar estes momentos nos momentos mais stressantes dos primeiros dias de trabalho pode ser suficiente para conseguir maior tranquilidade e resiliência.
  • Finalmente, e já a pensar nas próximas férias… Seleccione previamente a banda sonora que irá ouvir mais frequentemente, de preferência com melodias relaxantes e alegres. Experimente ouvir essas mesmas músicas mais tarde, nos momentos mais aborrecidos, e verá que o impacto positivo que exercem na sua disposição!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cézanne, Van Gogh, Picasso, Dalí entre muitos outros a partir de Outubro na Fundação Gulbenkian exposição 'A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa'

Fundação Calouste Gulbenkian, 15-09-2011

É inaugurada em Outubro a grande exposição do Museu Calouste Gulbenkian dedicada à pintura e natureza-morta europeia, com obras de Cézanne, Van Gogh, Picasso, Dalí, Gauguin e tantos outros.
Neil Cox, o comissário da exposição, desvenda o que vamos poder ver a partir do dia 21 de Outubro.

O Museu Calouste Gulbenkian vai inaugurar a segunda parte de uma grande exposição em que se pretende estudar os diferentes aspectos da pintura de natureza morta na Europa. Na qualidade de comissário desta segunda parte, coube-me o desafio de ponderar como poderíamos pensar em algo tão tradicional como a natureza-morta, isto é, a representação de um grupo de objectos – sejam eles flores, instrumentos, conchas ou uma caveira, geralmente colocados sobre uma mesa – no contexto da modernidade.

Com o título geral em inglês In the Presence of Things (Na Presença das Coisas), esta mostra, em duas partes, recebeu, em português, o nome de A Perspectiva das Coisas, cujo significado, ainda que ligeiramente diferente, não deixa de ter a sua pertinência. A segunda parte da exposição tem como ideia base explorar de que modo, num contexto de modernidade, o significado da natureza-morta se alterou à medida que o significado dos objectos, e a experiência subjectiva dos mesmos, também se alterava. E, dado que é praticamente impossível construir desta vez uma narrativa histórica uniforme, poderão os visitantes contar com uma viagem através de uma diversidade de temas, plena de nomes surpreendentes, lado a lado com as figuras mais destacadas da história da arte moderna.

É hoje comum a ideia de que a arte moderna é interessante porque nos apresenta as reacções do artista perante o mundo, recorrendo à pintura para exprimir ideias ou sentimentos, em lugar de nos apresentar uma representação realista do mesmo. É claro que a própria ideia de que as reacções subjectivas são interessantes é já, em si, moderna, podendo nós a este propósito pensar na obra de Freud ou no surgimento do romance psicológico como prova disso mesmo. A exposição defende que esta aproximação ao subjectivo, e consequente afastamento dos imperativos do real, contou com a ajuda da invenção da fotografia por volta de 1840. A fotografia produzia imagens através da luz reflectida nos objectos e nas pessoas, e fê-lo segundo uma óptica completamente diferente. É fácil de constatar que esta tecnologia libertou a pintura da incumbência da representação realista, ao fazê-lo, abriu o caminho para que artistas como Vincent van Gogh, Henri Matisse ou Odilon Redon (todos eles representados na exposição) pintassem segundo uma nova noção de liberdade em termos de cor e de forma. Usando as palavras do poeta Stéphane Mallarmé em 1864, a tarefa consistia agora em “pintar, não o objecto, mas o efeito que ele produz”. Nesta frase, podemos já verificar que o estatuto do objecto se tornou um problema: os objectos são “efeitos” numa pintura que agora nos apresenta os sentimentos do artista. Se considerarmos uma outra perspectiva, podemos concluir que a fotografia não aboliu o realismo, tendo, outrossim, contribuído para uma nova compreensão da realidade. Segundo este ponto de vista, as fotografias foram ao encontro do positivismo oitocentista e de certas políticas progressistas. O “realismo” de Gustave Courbet é o melhor exemplo disso mesmo. Mais tarde, a ideia de que a fotografia apresentava uma nova forma de realidade seria adoptada e transformada pelo Surrealismo. Salvador Dalí, por exemplo, combinava um fascínio pela realidade revelada pela fotografia com uma técnica pictórica que pretendia sugerir a qualidade expressiva, quase fotográfica, dos sonhos. Mas, à semelhança de outros artistas surrealistas representados na exposição, como René Magritte e Max Ernst, Dalí não defendia o tipo de realismo presente em Courbet. O termo "surrealismo" pretendeu anunciar a resolução do hiato existente entre a experiência inconsciente e consciente, entre o sonho e a vigília.

Os artistas modernos trabalhavam numa situação de mercado; como tal, muitas das obras apresentadas foram criadas por pintores que desenvolveram uma maneira ou uma temática característica, que lhes granjearia o sucesso comercial. Chaïm Soutine, por exemplo, era inicialmente um artista pobre com um fascínio pelo espectáculo da carne, patente em O Boi Esquartejado de Rembrandt (Museu do Louvre, Paris). Soutine era um lituano que partiu para Paris para se tornar um artista moderno. Muitos dos maiores artistas portugueses modernistas, incluindo Amadeo de Souza-Cardoso e Eduardo Viana, fariam o mesmo, assim como o espanhol Pablo Picasso. A presente exposição, constituída por mais de noventa obras, tem como objectivo contar a história destes artistas, colocando simultaneamente a questão da modernidade.

Neil Cox
(in Newsletter NÚMERO 126, de Setembro 2011)


SOBRE O COMISSÁRIO
Neil Cox é especialista em arte francesa do século XX, com fortes interesses teóricos e filosóficos, tendo escolhido Picasso como tema da sua tese de doutoramento. Organizou, em 1995, uma importante exposição sobre a representação de animais na obra de Picasso, sendo co-autor do livro que acompanhou a mesma, A Picasso Bestiary. É igualmente co-autor de um livro sobre Marcel Duchamp, da World of Art Series da editora Thames and Hudson, autor de Cubism, integrado na série Art and Ideas da Phaidon, bem como de The Picasso Book publicado pela Tate. É membro da International Advisory Board of the Research Forum do Courtauld Institute. É professor de História e Teoria da Arte na Universidade de Essex.

Outras obras que farão parte da exposição...







quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fundação Salvador: Mergulhadores da Disabled Divers International ajudam a limpar o mar de Sesimbra

in Fundação Salvador

No próximo sábado, 17 de Setembro, os 3 mergulhadores certificados pela Disabled Divers International (DDI) irão estar integrados na XVI Campanha de Limpeza Subaquática, organizada pela Câmara Municipal de Sesimbra.

A concentração está marcada para as 9 horas na Praia do Ouro, uma praia com a bandeira da acessibilidade.

Ana Gago, Luís André e Dália Faria irão ajudar a limpar o mar, mostrando que nada é impossível quando se quer tudo se consegue. A acompanhar os mergulhadores estarão os instrutores Paulo Guerreiro (presidente da DDI Portugal) e Paulo Franco (instrutor DDI da Profundo Azul).

De salientar que Portugal tem sido o país com mais trabalho nesta área. Num ano os números falam por si: 30 profissionais DDI (entre instrutores, assistentes de instrutor e divemasters); 3 mergulhadores certificados e 3 Centros de Mergulho Acessíveis.

No sábado a inclusão social acontece debaixo de água em prol de um ambiente mais saudável. Uma vez mais se prova que um mundo melhor se constrói assim: SEM BARREIRAS.



Sobre a Campanha de Limpeza Subaquática:
  • Destinatários: mergulhadores amadores e em apneia e público em geral
  • Inscrição: 21 228 85 40 / Posto de Turismo de Sesimbra
  • Duração: manhã
  • Local: Baía de Sesimbra
  • Organização:CM Sesimbra e Núcleo de Atividades Subaquáticas
  • Apoio: Núcleo de Espeleologia da Costa Azul e Clube Naval de Sesimbra

Premiado cientista do Minho que transforma plástico em osso

Equipa liderada por Rui Reis distinguida com grande prémio europeu
 
Jornal de Notícias, 15-09-2011, Dina Margato

Combinando os polímeros, "plástico" presente no camarão e na lagosta, com células estaminais é possível reconstruir osso e cartilagem, explica Rui Reis, vencedor do prémio carreira George Winter Award, principal distinção europeia na área dos biomateriais.

Para o investigador da Universidade do Minho, director do Grupo de Investigação 3B's, laboratório onde trabalham 125 pessoas, este galardão, que foi entregue dia 7 em Dublin, Irlanda, traduz um reconhecimento muito especial. "Não é mais uma de muitas. Corresponde a um dos maiores prémios de carreira que um investigador nesta área pode receber", afirma o próprio. "Costuma ser atribuído a cientistas reformados ou à porta da reforma".

Outras notícias relacionadas:

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para amantes de fotografia: Veolia Água Fotógrafos da Natureza 2010

13/09/11, in Oje - o Jornal Económico

A exposição "Veolia Água Fotógrafos da Natureza 2010" traz pela primeira vez a Portugal as melhores fotografias do "Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year", que estarão patentes, entre 28 de Setembro e 31 de Dezembro, no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa.

Promovido pela BBC Wildlife Magazine e pelo Museu de História Natural de Londres, esta é uma das mais importantes competições fotográficas de vida selvagem do mundo.

Anualmente, milhares de fotografias concorrem ao Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year. As melhores são seleccionadas por um júri composto por fotógrafos de natureza e peritos em vida selvagem e os trabalhos vencedores são apresentados e editados em livro. A exposição percorre depois outras cidades do mundo.

Ao visitar a "Veolia Água Fotógrafos da Natureza 2010", o público português terá a oportunidade de apreciar os melhores trabalhos da edição de 2010 do concurso, entre os quais a fotografia vencedora, "A marvel of ants" (A maravilha das formigas), da autoria do fotógrafo búlgaro Bence Máté, e a fotografia vencedora da categoria "Animal Portraits", intitulada "Giant beachcomber", da autoria de Thomas P. Peschak.

domingo, 11 de setembro de 2011

TED Women 2010 - Curando o 11 de Setembro: Mães que encontraram perdão e amizade

Phyllis Rodriguez e Aicha el-Wafi possuem uma poderosa amizade, nascida the uma perda impensável. O filho de Rodriguez morreu nos ataques ao World Trade Center, a 11 de Setembro de 2001; o filho de el-Wafi, Zacarias Moussaoui, foi condenado por ter desempenhado um papel nos ataques, e cumpre agora prisão perpétua. Na esperança de encontrar paz, estas duas mães conseguiram compreender e respeitar-se mutuamente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Morreu Michael Hart - um dos fundadores do Projecto Gutenberg - o primeiro produtor de livros electrónicos grátis

Publicado em RTP, 2011-09-09

Foi anunciado ontem, Dia Internacional da Alfabetização, no site do Projeto Gutenberg, que Michael Hart, um dos grandes pioneiros da alfabetização eletrónica e inventor do conceito de e-book, morreu aos 64 anos na terça-feira. 


Michael Hart estudava na Universidade de Illinois e, em 1971, foi-lhe dado tempo ilimitado para trabalhar num enorme computador Xerox no laboratório da Materials Research. O valor deste presente, dada a enorme despesa de compra e execução de tais máquinas, foi calculado em cerca de 72 milhões de euros.

O fundador do Projeto Gutenberg tentou aproveitar ao máximo o tempo que lhe foi disponibilizado naquela máquina, que era sobretudo usada para processar dados, mas que também estava ligada à ARPAnet, parte do que mais tarde viria a ser a internet.

E talvez os livros eletrónicos não existissem hoje se Hart não tivesse usado o seu tempo a escrever a Declaração de Independência dos Estados Unidos no computador depois de a ter recebido num supermercado, impressa num flyer sobre as festas do Dia da Independência, o 4 de julho. Inspirou-se e decidiu torná-la acessível a outras pessoas, gesto que definiria o nascer de um conceito revolucionário.

Escreveu o texto em maiúsculas, visto que na altura ainda não havia a hipótese de escrever em minúsculas, e enviou uma mensagem para a ARPAnet a informar que a Declaração estava agora disponível para download. Seis pessoas aceitaram a oferta e assim nasceu o primeiro e-book.

Depois copiou a Bíblia e mais 100 obras de ficção e percebeu que tinha uma nova missão: transcrever e disponibilizar online textos que fossem do domínio público. Criou uma base de dados que funciona como uma grande biblioteca universal acessível a partir dos computadores de todo o mundo.

Kama Sutra é o livro mais procurado
As Obras Completas de Shakespeare entraram em 1994, altura em que a internet e a World Wide Web já tinham sido inventadas. Em 1997 entrou o livro número 1000 no Projeto Gutenberg, A Divina Comédia de Dante, no original italiano. Hoje, é uma biblioteca digital gratuita, com mais de 36 mil livros, em mais de 40 idiomas. Os livros com mais downloads actualmente são, por esta ordem, Kama Sutra de Vatsyayana, As Aventuras de Sherlock Holmes e Orgulho e Preconceito de Jane Austen.

Trata-se de uma rede social em que qualquer utilizador pode participar (incluindo em português) voluntariando-se para digitalizar, copiar e rever obras literárias isentas de direitos de autor, para que sejam, depois, postas ao dispor de leitores de todo o mundo. Algumas obras com direitos de autor foram doadas ao projeto.

"Ele olhava constantemente para o futuro, antecipava avanços tecnológicos. Uma das suas especulações preferidas era que um dia, toda a gente poderia ter a sua própria cópia da coleção do Projeto Gutenberg. Esta visão tornou-se realidade", pode ler-se no obituário publicado no site do projeto.

Parte do que define a internet, além de outras características, é o enorme potencial que tem para dinamizar a distribuição gratuita e reproduzível de informação. Hart escreveu em julho deste ano: "Os e-books são a primeira coisa que todos nós podemos ter, na quantidade que quisermos, depois do ar."

"Michael Hart deixou uma grande marca no mundo. A invenção do e-book não foi simplesmente uma inovação tecnológica ou um precursor do ambiente moderno da informação. O acesso aos e-books pode assim proporcionar uma oportunidade para o aumento da literacia. A literacia, e as ideias contidas na literatura, criam oportunidades", lê-se no obituário.

Os livros do Projeto Gutenberg estão agora disponíveis para download no Kindle, no Nook, no iPhone e nos telemóveis Android, bem como em qualquer computador pessoal com acesso à internet.

Para ver mais.

MARGINAL SEM CARROS’11: 18 de Setembro * 10h00 – 13h00 * Caxias – Oeiras

A Câmara Municipal de Oeiras associa-se novamente à Semana Europeia da Mobilidade e ao Dia Europeu.
Sem Carros, encerrando a Avenida Marginal ao trânsito automóvel, entre Caxias e a Praia da Torre.

Assim, Oeiras proporciona uma vez mais um conjunto de actividades diversificadas – saúde, actividade física,
ambiente e mobilidade, com o objectivo de sensibilizar os munícipes para a utilização de formas alternativas
de mobilidade e transporte, como a utilização da bicicleta, de transportes públicos - comboio e autocarro - ou fazendo percursos a pé, inibindo a utilização automóvel e a respectiva poluição.


Deixe o carro em casa, pegue na sua bicicleta ou chegue a pé, aproveite os transportes públicos e venha divertir-se na Avenida Marginal [Sem Carros]!

Aventura na América: Português de bicicleta do pólo norte ao pólo sul

Idílio Freire completou viagem de bicicleta de pólo a pólo do continente americano. Passou 1940 horas a pedalar para percorrer 30 mil quilómetros.

2011-09-09, adaptado de Diário de Notícias

Treze meses e meio depois, trinta mil quilómetros percorridos, mil novecentas e quarenta horas a pedalar, o português Idílio Freire chegou a Ushuaia (Google Maps) pondo termo à aventura de atravessar o continente americano de bicicleta.

A chegada a Ushuaia estava prevista só lá para meados de Outubro, mas na terça-feira Idílio Freire chegou à "cidade mais austral do Mundo", terminando uma viagem que começou no dia 24 de Julho do ano passado em Inuvik, no Canadá (Google Maps).

"Não era um sonho, como tantos me foram perguntando ao longo do percurso, tão pouco era uma "missão", muito menos uma obsessão. Era tão-somente o desejo de viver a vida com intensidade, para além do quotidiano", refere o aventureiro português, natural de Pombal, no blogue onde foi contando a sua viagem (Bacalhau de Bicicleta com Todos).

Mesmo assim, contou à Lusa que quando, há poucos dias, avistou a cidade de Ushuaia teve um "leve, curto e doce sorriso" e sentiu a mesma satisfação de quando terminava "duras etapas".

O fim da viagem ficou marcada por um problema na bicicleta que obrigou Idílio a levá-la à mão durante os últimos 14 quilómetros. Um esforço adicional dado que os últimos 50 quilómetros já tinham sido difíceis.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Três vinhos portugueses entre os 25 melhores mundiais

Três vinhos portugueses foram eleitos para o grupo dos 25 melhores a nível mundial pela revista especializada Decanter, que anunciou na quarta-feira à noite os vencedores dos Prémios Mundiais do Vinho.

por Lusa, 2011-09-08, publicado in DN Economia

O Bacalhoa Moscatel 2004 foi eleito o melhor vinho licoroso a menos de 10 libras (11 euros), o Tagus Creek Shiraz e Trincadeira 2010 o melhor tinto de mistura a menos de 10 libras e o Madeira Verdelho Henriques & Henriques 15 anos o melhor vinho licoroso a mais de 10 libras.

Sarah Amed, crítica de vinhos que recebeu em nome da Falua, disse à Agência Lusa que os júris "ficaram encantados" com o Tagus Creek, por ser "muito fresco e aromático e [possuir] carácter para um vinho deste preço".

Hugo Campbell, importador e director da Ehrmanns wines, explicou que o "estilo português de moscatel está tornar-se mais conhecido [no mercado britânico] pela elevada relação qualidade-preço", como o Bacalhoa, que custa cerca de nove libras (10 euros), "tendo em conta que estes vinhos são envelhecidos cerca de seis anos".

Para Humberto Jardim, administrador, este é mais um prémio internacional para os vinhos da Henriques & Henriques, produtor de vinho da madeira que já tinha sido galardoado há dois anos pela Decanter, algo que admite ser "benéfico" para as vendas, embora não tenha quantificado.

Este ano, Portugal igualou a França, país tradicionalmente reconhecido pelos seus vinhos, no número de prémios internacionais e ultrapassou-a no total de medalhas atribuídas este ano.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TED Global 2011 - Acabar com a fome já



Josette Sheeran, a responsável máxima do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, fala-nos das razões pelas quais num mundo com alimento suficiente para todos, ainda há pessoas a passar fome, a morrer de fome, ainda se usa a fome como uma arma de guerra. A sua visão: "A alimentação é um problema que não pode ser resolvido pessoa a pessoa. Temos que estar unidos."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Revista Novos Talentos procura autores e artistas de língua portuguesa. Quer arriscar?

Publicado em Green Savers, em 6 de Setembro de 2011.

Vai para as bancas a 29 de Outubro, sábado, a revista Novos Talentos, uma publicação cultural que pretende divulgar “novos autores e novos criadores” em língua portuguesa, de acordo com o seu director, José Pinto Coelho.

[A Novos Talentos] pretende colmatar uma lacuna grave existente na gama de ofertas das edições culturais, que é a divulgação dos novos autores e novos criadores, tanto junto dos agentes culturais como do público em geral, que assim poderá aquilatar das perspectivas das nossa arte, da nossa cultura e do nosso pensamento”, explicou o responsável pela publicação ao Meios & Publicidade.

A revista é mensal e colocará as suas páginas “ao dispor de todos aqueles que desejem publicar os seus trabalhos”, podendo assim “dar a conhecer as suas potencialidades, capacidades e contributo para a evolução da arte e da cultura portuguesa ou de língua oficial portuguesa”.

Num primeiro momento, a revista contará com uma equipa de colaboradores, que editarão todo o material enviado.

Será, assim, “uma tribuna aberta a todos os novos autores de língua portuguesa”, de acordo com o seu director, “[Vamos dar espaço às mais] variadas expressões artísticas e culturais, que vão desde o conto, a poesia, o ensaio até às artes plásticas, passando pela pintura, a escultura, a serigrafia, a banda desenhadas, o cartoon, o teatro e a música, o artesanato e a arte popular, rural e urbana, o pensamento técnico, científico e filosófico”, completou José Pinto Coelho.

Segundo a Novo Talento, podem enviar os conteúdos, por carta, para:

Revista Novos Talentos, Rua Dom Augusto Pereira Coutinho, 15, 2890 Montijo.

Ou, em alternativa, para o email meiostextos@gmail.com. Deverão enviar uma cópia dos trabalhos, que ficará nos arquivos da Novos Talentos, com a indicação do nome e/ou pseudónimo, de um pequeno texto biográfico e uma declaração a autorizar a publicação.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Projecto europeu Chance vai pesquisar alimentos saudáveis a preços baratos

Ao explorar formas de baixar os custos de produção e aumentar o conhecimento deste particular grupo de consumidores, o Chance irá estimular o desenvolvimento de produtos alimentares que façam a diferença e atractivos às pessoas que realmente precisem deles
Publicado em 2011-08-24, Green Savers

Um consórcio de 17 entidades europeias, liderado pela Universidade de Bolonha, vai desenvolver uma estratégia para evitar que as populações mais carenciadas da Europa sofram de má nutrição, comprometendo-se a dar condição ao aparecimento de alimentos saudáveis a preços baratos.

O projecto, denominado Chance, será trabalhado nos próximos três anos e reunirá institutos de pesquisa, ONGs e várias PME (pequenas e médias empresas) do sector da alimentação e bebidas, confirmou ontem a Comissão Europeia.

Apesar de a maior parte das nossas doenças relacionadas com nutrição serem mais comuns na população em risco de pobreza, poucos esforços têm sido feitos para desenvolver produtos saudáveis a preços baratos”, explica o professor Francesco Capozzi, coordenador do projecto. .

Participam no consórcio entidades de oito países: Itália, Sérvia, Finlândia, Reino Unido, Dinamarca, Lituânia, Hungria e Bélgica.

De acordo como texto de apresentação do projecto, viver no limiar da pobreza não está apenas associado à falta de meios económicos, mas também a doenças relacionadas com a má nutrição.

Há uma ligação directa entre rendimento e qualidade da dieta. Uma descida das condições económicas leva a que as dietas sejam cada vez mais desequilibradas”, explica o Chance.

De acordo com os responsáveis pelo projecto, há três razões fundamentais para associar as poucas condições económicas à má alimentação.

Em primeiro lugar, as pessoas que vivem com pouco dinheiro não têm acesso, muitas vezes, a alimentos nutritivos. Por outro lado, os baixos níveis de educação ligados, em certos casos, às pessoas mais desfavorecidas, contribuem também para hábitos pouco saudáveis, por mera falta de informação. “A educação é importante para o nível de conhecimento de nutrição, o que influencia os hábitos alimentares”, explica o projecto.

O resultado está à vista: um maior risco de obesidade e problemas relacionados com a diabetes e doenças cardiovasculares.

A Chance estima que, na Europa, 81 milhões de pessoas estejam em risco de cair na pobreza. O consórcio tentará que esta população não caia, também, nos maus hábitos de alimentação.

[O resultado dos estudos desenvolvidos pela equipa de pesquisa] irá permitir que os parceiros na área do processamento de alimentos desenvolvam produtos saudáveis que possam também acabar nos cestos de compras [dos mais desfavorecidos]”.

domingo, 4 de setembro de 2011

Investigação portuguesa - Universidade do Minho cria embalagem comestível para alimentos

Nanotecnologia permite aumentar tempo de conservação dos alimentos. Lacticínios serão os primeiros a adoptar tecnologia.

21.08.2011, Por Samuel Silva, in Público

Não se vê, não tem cheiro, mas come-se. A Universidade do Minho está a propor uma revolução na indústria alimentar: uma película que permite embalar alimentos, aumentando o seu tempo de conservação, mas que é de tal forma fina que é invisível. E pode comer-se, porque na sua base está um material 100 por cento seguro para o consumo humano.

Os alimentos são cobertos com uma solução líquida que contém uma nanopartícula que, depois de seca, vai criar uma película protectora. Este material impede que os microrganismos contaminem o fruto ou legume, resolvendo problemas de segurança alimentar. "Na prática, isto é uma barreira", explica José Teixeira, investigador da Universidade do Minho (UM) que coordena a equipa de cinco pessoas que desenvolveu esta inovação.

O material que está na base desta solução é usado há vários anos na indústria alimentar. Trata-se de polissacáridos, que estão na base dos caldos de cozinha, por exemplo. A novidade está na forma como é posto ao serviço da segurança dos alimentos. A tecnologia desenvolvida no Minho apresenta um conjunto de vantagens que leva os seus responsáveis a acreditar que podem revolucionar o mercado alimentar.

Deterioração diminui

Os produtos envolvidos com esta nano-película ficam menos expostos à deterioração natural, aumentando o período durante o qual é possível consumi-los. No caso dos morangos - um dos frutos em que a aplicação desta tecnologia está mais desenvolvida - foram conseguidas reduções das perdas de 30 por cento.

"O consumidor não vê, não sente e pode comer o alimento sem problemas", garante José Teixeira. A solução permite aumentar o tempo de prateleira dos alimentos e reforçar a segurança alimentar. Além disso, a membrana pode tornar-se um veículo de acrescento de valor acrescentando, permitindo a incorporação de compostos bioactivos nos alimentos, como antioxidantes ou antibióticos A nanopelícula pode ser aplicada de três formas. A mais fácil é a imersão dos alimentos num líquido viscoso com as características necessárias à sua protecção, mas é uma solução mais cara, porque gasta maior volume de material. Os investigadores têm agora trabalhado num modelo de aspersão, que pode ser adaptado às soluções já existentes na indústria alimentar para a lavagem dos alimentos. A UM está ainda a desenvolver uma aplicação em filme, muito semelhante às películas aderentes que são normalmente usadas nas cozinhas domésticas.

O queijo Quinta das Marinhas fará, em breve, o primeiro grande teste a este invento. Os produtos embalados com a nanopelícula desenvolvida no Minho chegarão em breve ao mercado, dando resposta a um problema que a empresa - que há vários anos trabalha com a UM - enfrentava e que é comum a várias empresas de lacticínios. O queijo é um alimento facilmente perecível, o que obriga a rotações constantes dos stocks nos supermercados, implicando muitas vezes grandes perdas para os produtores.

A invenção da equipa coordenada por José Teixeira reduz em 20 por cento as perdas de massa do queijo, que assim poderá passar mais tempo nas prateleiras das lojas. Este tipo de soluções já está a ser testado com outras duas empresas de lacticínios e há também empresas do Brasil interessadas em aplicar a tecnologia.

A nova solução parte da investigação em nanotecnologia aplicada a embalagens na indústria alimentar em que este grupo da UM se tem especializado. A área está em forte expansão e o mercado que representava, em 2002, 150 milhões de dólares anuais, deverá valer, no próximo ano, qualquer coisa como 20 mil milhões de dólares, apontam as últimas estimativas.

Brasileiros querem melhorar qualidade

A embalagem comestível desenvolvida pelo Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia (IBB) da Universidade do Minho é um dos projectos de um consórcio internacional a que a instituição está associada, juntamente com outros cinco centros de investigação e universidades de Portugal e Espanha.As universidades de Aveiro, Vigo, País Basco e Complutense de Madrid, bem como o Centro de Investigação Valenciano IATA-CSIC são os restantes parceiros, que estão a desenvolver outras aplicações da nanotecnología aplicada à industria alimentar. O próprio desenvolvimento da nanopelícula contou com a participação de investigadores de universidades cubanas e brasileiras. Essa abertura levou a que algumas empresas do Brasil estejam a estudar a hipótese de aplicar a invenção aos frutos tropicais que exportam para a Europa, para melhorar a sua qualidade.

sábado, 3 de setembro de 2011

Estação de comboios de S. Bento considerada uma das 14 mais belas do mundo

Segundo a revista norte-americana Travel+Leisure - A fachada e os azulejos da estação portuense deram-lhe o título de uma das mais belas

23.08.2011, PÚBLICO
Fonte: www.cp.pt

A estação de comboios de São Bento, no Porto, foi considerada uma das 14 mais belas do mundo pela revista norte-americana Travel+Leisure. Os painéis de azulejos azuis e brancos de Jorge Colaço, que enchem as paredes desta estação da Linha do Minho, colocaram o edifício na mesma lista de outras paragens ferroviárias como a neoclássica Gare du Nord, em Paris, ou Atocha, em Madrid.

Na lista das 14 estações de comboio mais belas, a de São Bento é destacada pela sua fachada em pedra e telhados de mansarda, bem como pelos “20 mil esplêndidos azulejos” criados por Jorge Colaço e produzidos pela Fábrica Cerâmica Lusitana, um trabalho que, segundo a Travel+Leisure, fará qualquer visitante “suspirar”.

O projecto chegou às mãos do artista em 1905 mas só dez anos depois era apresentado ao público, que nas paredes da estação pode ver alguns episódios da história de Portugal como a entrada de D. João I no Porto, para celebrar o casamento com D. Filipa de Lencastre, ou o torneio de Arcos de Valdevez.

Além de São Bento, a Travel+Leisure destaca ainda a beleza da estação de Maputo, em Moçambique, a única escolhida no continente africano, bem como os jardins interiores da estação de Atocha, em Madrid, ou ainda as estações de Kanazawa, no Japão, a Southern Cross Station, em Melbourne, na Austrália, de Sirkeci, em Istanbul, na Turquia, ou a neogótica S. Pancras International, em Londres.

Os Estados Unidos lideram a lista com três estações – a Union Station, em Los Angeles; a Union Station, em Washington; e a Grand Central Terminal, em Nova Iorque.

Na Europa, destaque ainda para a estação central de Antuérpia, na Bélgica. A arquitectura e a decoração da estação Chhatrapati Shivaji, em Bombaim, na Índia, e da estação de Kuala Lumpur, na Malásia, também as colocaram na lista da revista.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Consumo de chocolate diminui risco de doenças cardíacas

E faz cair em 29% os riscos de acidente vascular cerebral (AVC).

por Marta Cerqueira , Publicado em 29 de Agosto de 2011
 
Os amantes do chocolate já têm uma desculpa para não se privarem do doce. Uma pesquisa apresentada hoje no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris, mostra que o consumo de chocolate está associado à redução, em um terço, dos riscos de doenças cardíacas. Além disso, a ingestão de chocolate faz cair em 29% os riscos de acidente vascular cerebral (AVC).

Uma equipa da Universidade de Cambridge, coordenada por Oscar Franco, fez uma revisão de sete estudos já realizados sobre o tema. Do total, cinco trabalhos apontaram para uma relação benéfica entre o consumo de chocolate e os riscos cardiovasculares.

Os investigadores alertam para que os resultados sejam interpretados com cautela, particularmente porque os chocolates vendidos nos supermercados são bastante calóricos - cerca de 500 calorias para cada 100 gramas. O consumo exagerado pode levar ao aumento de peso, o que pode acabar facilitando o aparecimento de problemas como diabetes e doenças cardíacas.