Cápsula para ir à Lua passa teste
in Diário de Notícias, por HUGO COELHO, 2009-09-03
O desenho do veículo espacial do futuro passou no exame preliminar da NASA. A 'Orion' parece-se com a nave da missão Apollo que levou Neil Armstrong ao satélite da Terra, em 1969, e vai substituir os velhos space shuttle, no final do próximo ano. O sonho da América é deixar uma pegada na Lua em 2019 e levar o homem a Marte até 2030.
A 20 de Julho de 1969, Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldring chegaram à Lua cumprindo a promessa de John F. Kennedy. Para a história ficaram as palavras de Armstrong no momento em que pisou a Lua, mas poucos se lembram da cápsula que levou os astronautas. Chamaram-lhe Columbia e tinha a forma de um cone cortado no vértice.
Quando a América regressar à Lua nos próximos dez anos, o mundo ficará com a impressão de estar a ver um filme com 50 anos. O desenho do veículo espacial do futuro, a Orion, acaba de passar no exame da NASA e tem a mesma forma das cápsulas das missões Apollo: um cone cortado no vértice.
O teste preliminar do design da Orion põe termo a vários meses de estudos e é considerado uma etapa decisiva do projecto espacial americano.
O "sim" da NASA abriu caminho à construção da cápsula que substituirá os velhos space shuttles e - serão retidos no final de 2010 -, espera-se, levará o homem à conquista de Marte nos anos 2030.
"Este teste é um culminar de sucesso de todo o trabalho e desenhos feitos até agora", disse à BBC, Mark Geyer, director do projecto Orion, no Centro Espacial Johnson, em Houston.
"Avaliámos a maturidade do desenho, a estratégia e os planos para o próximo veículo espacial tripulado e concordámos que é esta a arquitectura do que vamos construir," acrescentou.
Segundo o projecto da agência espacial americana, a Orion vai poder transportar quatro astronautas. A cápsula terá 5,2 metros de diâmetro e 3,3 de altura. Na sua versão actual, pesa 136 quilos. Mas quando lhe for acrescentada uma cobertura de protecção ultrapassará os 400 quilos.
As boas notícias sobre a cápsula que levará os astronautas do futuro não fazem esquecer as incertezas sobre os dois foguetões que com eles completam o programa Constelation. Até porque, sem esses, a Orion nunca deixará a órbita da Terra.
Os testes do Ares 1, para missões de curta distância, e do Ares 5, para missões até à Lua, têm sido sucessivamente abortados por problemas técnicos. Os engenheiros acreditam que os projectos possam sofrer alterações ou mesmo ser cancelados.
No início deste mês, um comité independente foi nomeado pela Casa Branca para rever os planos da NASA da exploração do Espaço. Foram apresentadas quatro opções, mas os Ares aparecem em apenas uma delas.
Se o Presidente Barack Obama não alterar os planos, o derradeiro teste à Orion e aos foguetões será em 2011. Um ano depois, a cápsula poderá fazer o seu primeiro voo não tripulado até à órbita da Terra. Entre 2015--2018 está previsto o primeiro voo tripulado.
A 20 de Julho de 1969, Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldring chegaram à Lua cumprindo a promessa de John F. Kennedy. Para a história ficaram as palavras de Armstrong no momento em que pisou a Lua, mas poucos se lembram da cápsula que levou os astronautas. Chamaram-lhe Columbia e tinha a forma de um cone cortado no vértice.
Quando a América regressar à Lua nos próximos dez anos, o mundo ficará com a impressão de estar a ver um filme com 50 anos. O desenho do veículo espacial do futuro, a Orion, acaba de passar no exame da NASA e tem a mesma forma das cápsulas das missões Apollo: um cone cortado no vértice.
O teste preliminar do design da Orion põe termo a vários meses de estudos e é considerado uma etapa decisiva do projecto espacial americano.
O "sim" da NASA abriu caminho à construção da cápsula que substituirá os velhos space shuttles e - serão retidos no final de 2010 -, espera-se, levará o homem à conquista de Marte nos anos 2030.
"Este teste é um culminar de sucesso de todo o trabalho e desenhos feitos até agora", disse à BBC, Mark Geyer, director do projecto Orion, no Centro Espacial Johnson, em Houston.
"Avaliámos a maturidade do desenho, a estratégia e os planos para o próximo veículo espacial tripulado e concordámos que é esta a arquitectura do que vamos construir," acrescentou.
Segundo o projecto da agência espacial americana, a Orion vai poder transportar quatro astronautas. A cápsula terá 5,2 metros de diâmetro e 3,3 de altura. Na sua versão actual, pesa 136 quilos. Mas quando lhe for acrescentada uma cobertura de protecção ultrapassará os 400 quilos.
As boas notícias sobre a cápsula que levará os astronautas do futuro não fazem esquecer as incertezas sobre os dois foguetões que com eles completam o programa Constelation. Até porque, sem esses, a Orion nunca deixará a órbita da Terra.
Os testes do Ares 1, para missões de curta distância, e do Ares 5, para missões até à Lua, têm sido sucessivamente abortados por problemas técnicos. Os engenheiros acreditam que os projectos possam sofrer alterações ou mesmo ser cancelados.
No início deste mês, um comité independente foi nomeado pela Casa Branca para rever os planos da NASA da exploração do Espaço. Foram apresentadas quatro opções, mas os Ares aparecem em apenas uma delas.
Se o Presidente Barack Obama não alterar os planos, o derradeiro teste à Orion e aos foguetões será em 2011. Um ano depois, a cápsula poderá fazer o seu primeiro voo não tripulado até à órbita da Terra. Entre 2015--2018 está previsto o primeiro voo tripulado.
Até agora, a NASA gastou 7,7 mil milhões no programa Constelation. Nos próximos seis anos, a agência espacial americana já garantiu outros 35 mil milhões de dólares. Um número gigantesco, mas que pode não bastar.
Especialistas dizem que para cumprir a promessa de regressar à Lua, até 2020, Obama terá de aumentar o financiamento.
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