quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Projectos de investigação científica de três portugueses premiados pela Comissão Europeia entre 2500 candidaturas

Três portugueses premiados pela Comissão Europeia entre 2500 candidaturas
Astrofísico português recebe um milhão de euros para procurar planetas como a Terra
in Público.pt, 08.09.2009 - 17h30, Andrea Cunha Freitas 

Nuno Santos, investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e docente na Faculdade de Ciências da UP, foi premiado com uma bolsa europeias do European Research Council (ERC) – “ERC Starting Grant 2009”, no valor de quase um milhão de euros. A verba será dividida pelos próximos cinco anos e já tem destino: a procura de planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida.

Nuno Santos é investigador responsável pela equipa de investigação “Origem e Evolução das Estrelas e Planetas” do CAUP, e já participou em vários projectos que resultaram na descoberta de planetas extra-solares. O investigador lidera ainda o consórcio português envolvido no projecto ESPRESSO (Echelle SPectrogaph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations) para o ESO, que tem por objectivo procurar e detectar planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida. A bolsa atribuída pela Comissão Europeia, e que terá efeitos a partir de 2010, será usada para reforçar a equipa de cientistas do CAUP e preparar a missão Espresso, que consiste na construção de um instrumento capaz de detectar exoplanetas. Trata-se de um plano para juntar a luz de quatro telescópios gigantes e que deverá estar pronto antes da conclusão do EVLT [Extremely Large Telescope] que o ESO está a preparar, explica o astrofísico. O Espresso deverá começar a busca de planetas semelhantes à terra em 2014.

Nuno Santos foi um dos 219 escolhidos entre mais de 2500 candidaturas. A agência de financiamento criada pela Comissão Europeia para apoiar a investigação científica recebeu 42 projectos de Portugal e premiou três (além de Nuno Santos foi premiado o neurocientista Rui Costa, da Fundação Champalimaud, e o investigador Alexander Keese, do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto).

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