quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

De bicicleta na cidade de Lisboa - tudo o que precisa de saber!

A bicicleta tem vindo a conquistar o seu espaço na actualidade como uma alternativa ao transporte particular e um complemento ao transporte público, em percursos de curta distância (até 6 Km).

Presentemente verifica-se que a bicicleta já não é encarada apenas como instrumento de utilização lúdica ou recreativa, mas como transporte que promove a saúde pública e permite criar maiores condições de harmonia urbanística.


As novas políticas internacionais relativas ao uso da bicicleta como meio de transporte alternativo não poluente e a sua consequente circulação, em vias que não se cinjam apenas a pistas e corredores a elas dedicados, poderão levar a que se devam tomar medidas de sensibilização que tenham como objectivo incentivar o respeito por parte dos condutores de veículos motorizados, quando estes veículos não poluentes de duas rodas começarem a partilhar o espaço de circulação que habitualmente lhes era reservado em exclusivo.

Decorre uma política ao nível da CML de redução do volume de tráfego na cidade de Lisboa, o que implica que a utilização conjunta de transportes públicos e bicicletas poderá desempenhar um papel fundamental na prossecução deste objectivo e também da acalmia dos fluxos de trânsito.

PERCURSOS E CORREDORES
O trabalho de criação de uma rede de Percursos e Corredores, que ligasse os principais Parques e áreas verdes de Lisboa, iniciou-se com a criação de um grupo de trabalho que incluiu elementos de diversos serviços da CML. Assim este grupo é constituído por Projectistas da Divisão de Estudos e Projectos; Direcção Municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego; Divisão de Segurança Rodoviária e Tráfego; Divisão de Mobilidade, Rede Viária e Estacionamento e Gabinete do Sr. Vereador Sá Fernandes.

Trata-se de um investimento estratégico na área da mobilidade suave e no uso da bicicleta, como complemento do sistema de transportes local e regional.

Pretende o Município dotar Lisboa de equipamentos de apoio ao uso da bicicleta, nomeadamente infra-estruturas dedicadas, equipamentos de apoio ao estacionamento de bicicletas e acções de promoção e educação para o seu uso, permitindo criar uma Rede Ciclável contínua, de malha fechada, articulada com os Transportes Públicos e com o Património Ecológico e Cultural.

Outro grande objectivo, da Comissão nomeada, foi a criação de um caderno de soluções tipo, com critérios de desenho, implantação e tipologias de sinalização e matérias.

Este investimento visa contribuir para a inversão da tendência da utilização do automóvel privado em deslocações de curta distância, onde a bicicleta é um modo de transporte competitivo, e promover a utilização da bicicleta em deslocações diárias e de lazer, dando particular importância à inter modalidade.
Esta primeira fase aposta na criação de infra-estruturas dedicadas ao uso da bicicleta, que permitam ligar áreas estratégicas, formando uma primeira estrutura de circulação em bicicleta de forma segura e cómoda, como também colmatar descontinuidades existentes em alguns percursos na Cidade, permitindo desta forma pôr a funcionar em rede, áreas fundamentais da cidade, quer residenciais, quer mistas e de serviços, quer ainda ligando áreas verdes de recreio e lazer e toda a frente ribeirinha, actualmente fragmentadas e descontinuadas e dessa forma, muitas vezes subaproveitadas.

Os percursos cicláveis previstos pretendem abranger o utilizador de bicicleta independentemente da sua classe etária ou condição física, uma vez que se enquadram nos critérios de conforto e qualidade geralmente aplicados a percursos cicláveis na Europa, regendo-se por princípios adequados em termos de declive, pavimentação, sinalização e adequação aos requisitos de segurança.

A existência de uma primeira rede de infra-estruturas com qualidade para a circulação por bicicleta em Lisboa é condição urgente para o aumento do seu uso na Cidade e, desta forma, para a criação de condições para a generalização do seu uso.

Mais informação em: http://www.cm-lisboa.pt/?idc=415&idi=52242

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sapatos com histórias

De 15 de Janeiro a 15 de Fevereiro, participe na quarta campanha de solidariedade da Botaminuto e ofereça os sapatos que já não usa. Entregue os seus sapatos usados numa loja da Botaminuto. Os sapatos recolhidos serão entregues a várias instituições de solidariedade.

Os seus sapatos contam muitas histórias.
Faça agora uma nova história solidária.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Células do cordão podem ajudar tratamento da leucemia

in DN, 2010-12-23

O transplante de células estaminais hematopoiéticas do sangue umbilical pode ser tão eficaz como o transplante de medula óssea em doentes adultos com leucemia. Esta é a conclusão de uma investigação do Medical College of Wisconsin, nos EUA. O estudo refere que os doentes com leucemia submetidos ao transplante de células hematopoiéticas obtiveram resultados positivos, mesmo quando o dador não correspondia, exactamente, ao perfil hematológico do receptor.

O estudo envolveu 216 centros de transplante e comparou os resultados de 165 doentes, com 16 ou mais anos, com leucemia aguda que receberam sangue do cordão umbilical, com 888 adultos que receberam células estaminais não relacionadas e com os de 472 doentes que receberam transplante de medula óssea. Após dois anos, independentemente da fonte de células estaminais usadas no tratamento, os pacientes registaram iguais possibilidades de sobrevida livre de leucemia.

domingo, 26 de dezembro de 2010

E se fosse possível assistir ao aquecimento global em tempo real?

ICE CARE é um movimento da sociedade civil, que pretende tornar visíveis, em tempo real, os efeitos e consequências das alterações climáticas.











Os efeitos do aquecimento global são uma realidade do presente e não do futuro distante. É esta mensagem que, desde 2008, o empresário José Abecasis Soares quer levar ao mundo através da associação Ice Care. Desde aí já foram realizadas três expedições aos glaciares da Suíça, Tanzânia e Peru para apoiar as populações locais a atenuar as consequências das alterações climáticas.

Com a ajuda de investigadores nas áreas de antropologia, engenharia ambiental, geofísica, meteorologia e oceanografia, e depois de consultar um relatório da UNESCO, José Soares planeou a escalada a cinco glaciares que estão a ser severamente atingidos pelas alterações climáticas.

Esta aventura, para a qual todos trabalham num regime "pro bono", começou na Suíça, em 2009, e prevê-se que termine em 2012, no Nepal. O objetivo é documentar as consequências de uma crise ambiental que atinge países que "não são, na maioria das vezes, os responsáveis pelo problema".

"Quando lia nas notícias que, em 2100, Manhattan poderia ficar inundada, isso parecia-me um futuro demasiado distante para me preocupar. Eu não fazia a menor ideia de que o problema já estava a acontecer em alguns locais do planeta. E, tal como eu, imaginei que muitas pessoas também não soubessem. Foi isso que me moveu para visitar esses locais e recolher informação", conta o fundador da Ice Care.

Mas essa fraca consciência ambiental persiste também entre as próprias comunidades que são mais atingidas pelas alterações climáticas, explica José Soares ao Boas Notícias: "No Quénia, por exemplo, [as populações] nem sabiam quais as causas das secas extremas que têm estado a enfrentar. Já no Peru o conhecimento é muito profundo", ressalva.

Por isso, parte do trabalho da equipa Ice Care - na qual se integra o ator brasileiro Marcos Palmeira - passa pela "recolha de informação em fotografia e vídeo de forma a mostrar com clareza aquilo que está a acontecer nesses locais ao mundo ´ocidental´".

Outra vertente essencial consiste em apoiar as populações a combater os efeitos devastadores de décadas de más práticas ambientais. "[Depois de terminadas as cinco expedições planeadas] continuaremos seguramente a trabalhar com os Maasai no Quénia, no sentido de os tornar capazes de enfrentar as secas cada vez mais frequentes e avassaladoras", garante José Soares.

Questionado acerca da possibilidade de reverter os malefícios que o Homem provocou na Natureza, o mentor desta aventura pelo mundo não hesita: "Penso que ninguém pode responder a esta pergunta com 100% de segurança, mas uma coisa é certa: continuar como até aqui é seguir num beco sem saida".

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Voluntário português distinguido pela ONU pelo seu trabalho com uma ONG do Gana


O português Rui Oliveira, um informático reformado, foi distinguido pela ONU pelo seu trabalho como voluntário. O prémio é atribuído anualmente a dez pessoas num universo de cerca de um milhão de voluntários.

No site dos prémios de voluntariado da ONU, Rui Oliveira explica que sofre de stress pós-traumático e que há cerca de dois anos, quando se reformou do trabalho que adorava fazer sentiu-se "perdido e ansioso". Foi nessa altura que um amigo lhe falou do voluntariado pela Internet sob a égide das Nações Unidas, um serviço para o qual acabou por se inscrever.

Através da ONU, o português foi escolhido para ser o webmaster (garantir manutenção e resolução de problemas) do portal de uma organização não governamental, a Volunteer Partnership for West Africa (VPWA), com base no Gana. Um trabalho ao qual dedica entre cinco a seis horas por dia e que as Nações Unidas distinguiram esta semana com o prémio "UNV Volunteering Award 2010".

A VPWA, uma organização não governamental baseada no Gana, procurava alguém que ajudasse a redesenhar e manter actualizado o seu portal da Internet onde reúne informações sobre ações de voluntariado um pouco por toda a África. Rui foi a pessoa escolhida para cumprir essa tarefa.

"Desde que assumiu o trabalho, em 2009, Rui tem acrescentado várias opções maravilhosas no site. Estamos muito gratos pelo seu trabalho", refere Portia Sey, uma das responsáveis da VPWA, no site da ONU.

Por causa do seu anterior trabalho, Rui Oliveira viajou por vários países carenciados, como a Guiné-Bissau, onde se foi apercebendo das muitas carências sentidas pelas populações.

Rui Oliveira diz que a sua "vida mudou completamente" desde que aderiu ao programa porque se sente"útil" e sempre que tem algum tempo livre aproveita para consultar a bolsa de voluntários da ONU e ajudar outras organizações não governamentais.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Body Browser: Navegar pelo corpo humano

Chama-se Body Browser, foi criado nos laboratórios da Google e permite explorar o corpo humano a três dimensões. O Body Browser apresenta-nos um modelo 3D detalhado do corpo humano. No Body Browser pode-se navegar por várias camadas, fazer zoom, cliquar para identificar a anatomia, ou procurar os músculos, órgãos, ossos e muito mais. Também se pode compartilhar a cena exata que se está a ver, copiando e colando o URL numa mensagem.

A ferramenta ainda está em fase de testes, funcionando apenas em browsers com webGL, uma tecnologia que permite visualizar páginas em 3D sem necessidade de qualquer aplicação adicional, como as novas versões do Mozilla Firefox e do Google Chrome.

Com um funcionamento idêntico ao Google Earth, o Body Browser permite navegar pelos vários sistemas do corpo humano, ampliar e identificar órgãos, músculos, ossos e tecidos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Os primeiros Nissan LEAF (0 emissões) foram hoje entregues em Portugal

Consórcio MOBI.E recebe primeiros Leaf
Foram hoje, 22 de Dezembro, entregues as primeiras unidades do Nissan Leaf a clientes empresariais, as primeiras a circular na Europa

O consórcio MOBI.E, responsável pela mobilidade eléctrica em Portugal, recebeu hoje, 22 de Dezembro, uma frota de nove Nissan Leaf, tornando-se o primeiro cliente empresarial na Europa do modelo eléctrico da marca japonesa.

Carlos Tavares, Vice-presidente Executivo da Nissan; Pierre Loing, Vice-presidente do Planeamento e Estratégia do Produto da Nissan International; e Diogo Jardim, Country Director da Nissan Ibéria SA – Portugal, entregaram as chaves do modelos aos representantes de nove empresas do consórcio, numa cerimónia realizada em Lisboa.

Na cerimónia, Carlos Tavares entregou também ao Governo Português as chaves de um Nissan Leaf, num empréstimo para avaliação da tecnologia da marca.

José Sócrates, que aceitou as chaves em nome do Governo, disse: «Estamos muito satisfeitos com a introdução do carro eléctrico em Portugal. Depois de três anos de trabalho conjunto (...) temos a primeira rede de carregamento inteligente e integrada de âmbito nacional e, por isso, somos o primeiro país a receber veículos eléctricos. (...) Portugal lidera a transição para um futuro mais sustentável do ponto de vista ambiental e energético».

As entregas a clientes particulares já começaram no Japão e nos Estados Unidos, ao passo que, na Europa, as entregas ocorrerão no início de 2011 em Portugal, Irlanda, Reino Unido e Países Baixos.

Fonte: Automotor

Senhor do Adeus "renasce" em Lisboa

Fonte: Boas Notícias

Pelas mãos do grafitter Adres, o "Senhor do Adeus" voltou a acenar aos carros que passam no Saldanha. Em forma de stencil, a figura de João Manuel Serra pode ser vista num antigo palacete que se encontra ao abandono numa esquina entre o Saldanha e Picoas.

Uma das personagens mais carismáticas da capital, João Manuel Serra faleceu no passado dia 10 de novembro, aos 80 anos. No dia seguinte, foram muitos os lisboetas que lhe prestaram homenagem, concentrando-se na Praça Duque de Saldanha e acenando aos automobilistas.

No Facebook foi inclusivamente criado um grupo que defende a construção de uma estátua de homenagem ao "homem que fazia a cidade sorrir", uma causa já subscrita por mais de seis mil pessoas.

Proveniente de uma família abastada, João Manuel Serra admitiu que nunca trabalhou, mas paixões não lhe faltavam: além de acenar aos lisboetas, era apaixonado por cinema, a que assistia muitas vezes com o realizador e músico Filipe Melo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Percurso pedestre inaugurado hoje convida a conhecer a biodiversidade de Lisboa

O Jardim de Vasco da Gama (em Belém), com as suas laranjeiras-azedas, araucárias, melros-pretos e abelhas-melíferas, é o ponto de partida da Rota da Biodiversidade, que hoje é inaugurada pela Câmara de Lisboa.Trata-se de um percurso com cerca de 14 quilómetros, entre a zona ribeirinha e o Parque de Monsanto, que pretende contribuir para dar a conhecer a biodiversidade da capital.

Este trajecto circular, que pode ser feito a pé ou de bicicleta e ao longo do qual foi instalada sinalética para apoio aos utilizadores (indicando os caminhos certos e errados e as mudanças de direcção), integra 18 pontos de interesse. Em cada um, há espécies de fauna e de flora que podem ser observadas, conforme os interessados poderão constatar nos painéis informativos colocados no local.

Essa e outras informações estão também patentes no Guia de Campo, que está disponível para ser descarregado no site da Câmara de Lisboa http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/fileadmin/LISBOA_VERDE/Documentos/PFM/Materiais_de_Divulgacao/mapa_folheto_40x40.pdf, tal como um conjunto de fichas das aves, dos mamíferos, dos répteis anfíbios e da flora. José Sá Fernandes, vereador do Ambiente e Espaços Verdes, caracteriza esta rota como um "percurso "ilustrado" que ligará o Tejo a Monsanto, local que é o maior repositório de biodiversidade do município, habitat de centenas de espécies animais e vegetais".

Com a inauguração deste caminho, a autarquia pretende, como explica o vereador no Guia de Campo, "transmitir mais conhecimento, mas também dar aos lisboetas um novo caminho, ou melhor, uma nova forma de passear em Lisboa". Já Maria da Luz Mathias, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, fala do projecto como "uma valiosa contribuição para a divulgação da riqueza natural de Lisboa, associada ao não menos rico património cultural e histórico da cidade".

A professora acrescenta que, "considerando a diversificada malha urbana de Lisboa, espera-se que a Rota da Biodiversidade venha a ser reproduzida num futuro próximo noutras áreas da cidade, contribuindo para a divulgação da até agora tão pouco conhecida biodiversidade de Lisboa". Segundo Sá Fernandes, na cidade existem 100 espécies de aves, seis de peixes, quatro de anfíbios, 12 de répteis e 18 de mamíferos, além de várias espécies de artrópodes (grupo que inclui insectos e aranhas). Quanto à flora, são 123 as espécies de árvores, arbustos e herbáceas identificadas.