A perceção do cenário que se adivinhava e a necessidade de apoiar grupos de risco e pessoas isoladas socialmente, aliada ao compromisso de 'auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstâncias' provocou um turbilhão de ideias entre um grupo de Dirigentes e Caminheiros do Corpo Nacional de Escutas da região de Leiria-Fátima.
Sendo que o problema não tem nada de local e que o que quer que fosse feito poderia ser replicado em qualquer lugar onde existissem voluntários, começou a tomar forma o desenho de uma rede de voluntários escuteiros, interligados a instituições já estabelecidas e conhecedoras das realidades locais. Cada um contribuindo com uma parte para o objetivo comum de auxiliar os que têm de ser protegidos. A necessidade de ter estruturas ágeis, eficientes e o mais autónomas possível sugeria a aplicação de tecnologia para facilitar as operações. No dia seguinte foram integrados na equipa alguns antigos escuteiros bem como parceiros tecnológicos que abraçaram o projeto.
Pouco depois, já com toda a parte visual da plataforma criada, era colocado online o site com a apresentação da iniciativa e o formulário de inscrição para voluntários e entidades parceiras.
Nos dias seguintes decorreram em paralelo o desenvolvimento da aplicação de gestão de pedidos, a configuração da plataforma de colaboração e comunicação online, o desenho dos procedimentos, manuais e outros documentos de apoio, tais como boas práticas sanitárias. Foram também estabelecidos os primeiros contactos com as instituições potenciais parceiras.
O passa a palavra começou a produzir efeitos e nos três primeiros dias foi ultrapassada a centena de inscrições de norte a sul.
No tempo recorde de uma semana a plataforma estava completamente operacional. A semana seguinte foi utilizada para afinar os processos e procedimentos, com vista a conseguir melhorias e a acumular experiência para ser depois transmitida às equipas das novas zonas.
A iniciativa conta também com apoio do Grupo local da Associação de Escoteiros de Portugal.
No final da terceira semana de operações começaram os contactos com os voluntários inscritos fora da região. Em cada nova zona, os primeiros voluntários são responsáveis por efetuar os contactos locais com Municípios, Juntas de Freguesia, Cáritas, Paróquias, IPSSs, Cruz Vermelha, farmácias.
A utilização da plataforma de colaboração online facilita a comunicação entre os voluntários do grupo e entre estes a coordenação. Transmitir novas informações, ideias de atuação, e procedimentos é assim muito fácil.
A app web de gestão de pedidos está acessível em várias plataformas para as instituições parceiras carregarem os pedidos na plataforma.
A Auxiliar PT está também em rede com a CASES e com o Banco Alimentar na sua Rede de Emergência Alimentar. Também existe uma ligação com a estrutura da Proteção Civil nas zonas em que os voluntários atuam.