terça-feira, 28 de abril de 2009

Seis mil dão medula por Marta numa semana

Na realidade não houve seis mil pessoas a darem medula... mas houve seis mil pessoas a inscreverem-se no Registo de Dadores de Medula. Esta é mais uma notícia sobre a mobilização da sociedade em torno de uma causa; não se trata só de ajudar a Marta... o que se trata é de aumentar as possibilidades de se encontrarem dadores de medula para quem precise - Português ou Estrangeiro. É "comovente", como se diz na reportagem a mobilização. Eu conheço a Marta e os seus pais, mas a grande maioria destas pessoas não... É toda esta mobilização, toda a boa vontade que este caso tem gerado que faz desta uma "excelente" notícia. Diogo Assunção, 28-04-2009
Menina de quatro anos tem leucemia e precisa de um transplante. A família lançou uma campanha no Facebook e o elevado número de respostas levou o banco nacional a pedir ajuda a enfermeiros exteriores para recolher amostras.

A campanha para encontrar um dador de medula para Marta, a menina de quatro anos que tem leucemia, provocou um aumento de mais de seis mil dadores em apenas uma semana. De acordo com fonte do Registo Português de Medula Óssea (CEDACE), o número de possíveis dadores aumenta ao ritmo de "100 ou 120 por dia".

Marta soube que tinha leucemia em Fevereiro, já fez três ciclos de tratamento e procura agora um dador, já que ninguém da família é compatível. O transplante é a sua última esperança, daí que a família tenha criado uma página na rede social online Facebook para apelar a possíveis dadores.

A mensagem foi eficaz e só no sábado foram mais de 1300 as pessoas que se juntaram na escola da Marta para fazerem os testes de compatibilidade. Apesar da grande adesão, o laboratório do CEDACE ainda não conseguiu determinar se existe um possível dador, devido ao volume de amostras a analisar.

Susana Mendonça, do Registo, explica que "ainda temos de trabalhar as amostras dos últimos dias". Por enquanto, o CEDACE continua a receber pedidos de empresas particulares para fazerem recolhas. "Já tenho 20 brigadas para agendar e só desde as 08.00", contou ao final da manhã fonte da instituição.

Susana Mendonça assegura que o Registo está a conseguir dar resposta a todas as solicitações. "Estamos a adaptar as equipas para ter gente em todas as empresas que nos pediram uma brigada de recolha", justifica.

Uma das adaptações em curso é a formação de enfermeiros voluntários para participar nas brigadas, segundo disse ao DN Maria João Dray, tia de Marta. "O mês de Maio está já preenchido de recolhas fora do centro", confirma Maria João. O que só é possível graças ao trabalho do CEDACE e à vontade dos voluntários, realça.

"Tem sido fantástico o esforço que os profissionais do centro de recolha têm feito ao trabalhar aos fins-de-semana e feriados. Têm sido incansáveis no apoio à Marta", elogia a tia da menina, que também não esquece os milhares de dadores que acorreram quer ao Registo quer às brigadas de rua. Uma atitude que classifica de "comovente e emocionante".

Maria João Dray recorda as mais de 1300 pessoas que no sábado estiveram no Botãozinho, escola frequentada pela menina a quem foi diagnosticada leucemia em Fevereiro. "Foi emocionante ver as pessoas que se deslocaram no sábado convictas de que poderiam ajudar e não desmobilizaram, apesar das longas filas e da chuva", lembra.

Mas o objectivo desta campanha não é apenas ajudar a encontrar um dador para a Marta. A tia da menina sublinha que pretendem "apelar à recolha e desmistificar a ideia do que é dar medula e ao mesmo tempo não dramatizar a situação da Marta".

Por considerar que os portugueses ainda têm medo de dar medula, Maria João frisa que esta onda de divulgação serve para lembrar que basta dar uma pequena amostra de sangue. "Quero que as pessoas pensem: Será que o comodismo e o medo valem uma vida", questiona.

Hoje, a equipa de recolhas vai estar no Oceanário e esta semana vai passar ainda pelos colégios S. Tomás e S. João de Brito, além de algumas empresas privadas.

Para saberem mais sobre as acções de recolha agendadas consultem http://ajudaramarta.blogs.sapo.pt/ ou enviem um mail para: ajudaramarta@gmail.com

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Avalanche de dadores de medula óssea

Vida de menina mobiliza milhares na Internet

O Centro de Histocompatibilidade do Sul recebeu uma avalanche de dadores de medula óssea. Tudo por causa de uma menina de quatro anos com uma leucemia grave e que precisa de um transplante. Os pais usaram a Internet para pedir ajuda.



A inscrição no Registo Nacional de Dadores de Medula não dói nada! Com um gesto banal - uma simples análise ao sangue - pode fazer muita diferença na vida de alguém!

sábado, 18 de abril de 2009

O tempo e o medo pela Companhia Integrada Multidisciplinar

O espectáculo de dança "O Aqui", onde são abordadas as noções de tempo e de medo, será apresentado no Teatro Camões pela Companhia Integrada Multidisciplinar (CIM) que integra no elenco algumas pessoas portadoras de paralisia cerebral.

Em "O Aqui", a noção de tempo e de medo "é muito pessoal, tem a ver com a realidade destas pessoas, portadoras de uma deficiência, mas em primeiro lugar humanas", observou Ana Rita Barata.

"Há certamente um contraste muito forte com a forma como o tempo é vivido actualmente, na nossa sociedade, em que tudo corre. Quando se é portador de uma deficiência como a paralisia cerebral, tudo acontece de forma mais lenta", apontou ainda.

A coreógrafa esclareceu que nesta companhia, criada há dois anos, a intenção não é fazer dança-terapia, mas sim concretizar um objectivo artístico: "No entanto, o processo e o resultado acaba por ser terapêutico para todos nós", admitiu.

Composta por 13 pessoas, quatro bailarinos profissionais, dois técnicos da área da deficiência e sete pessoas portadoras de paralisia cerebral, a companhia tem recebido apoios do Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CPRCCG), da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL) e do Instituto de Inserção Social.

«Igreja Solidária» de Lisboa para combater a crise

Devido à actual crise que assola o país e para dar respostas novas a problemas novos, o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, disse, esta amanhã, que as instituições da Igreja “estão a potenciar aquilo que já é a resposta habitual da atenção da Igreja às necessidades dos mais desprotegidos”.

Convocados pelo Departamento da Pastoral Social da diocese de Lisboa, os padres responderam positivamente ao apelo de lançamento do plano «Igreja Solidária». Um projecto que pretende colocar a funcionar em rede todas as paróquias com o intuito de ajudar os carenciados. Neste encontro foi também anunciado que existe um fundo de 175 mil Euros para estas situações.

Com o aumento da precariedade de vida, as pessoas têm recorrido aos centros paroquiais. Para fazer face a estes problemas pretende-se fazer protocolos com o Estado e com a banca. A abertura de uma conta para recolher donativos para os mais necessitados foi outra solução apontada.

No encontro com a comunicação social, D. José Policarpo frisou que nestes momentos é fundamental a solidariedade e, para isso, conta com a ajuda de particulares e empresas. “Vamos actuar com atenção e discrição porque é preciso respeitar o anonimato nestas questões” – sublinhou o Patriarca de Lisboa.

D. José Policarpo afirmou que, apesar de a Igreja não poder “suprir a falta de ordenados dos desempregados”, vai “ajudar a que ninguém passe fome”, alertando para que “todos estejam atentos aos vizinhos” para que as situações de pobreza envergonhada possam ser detectadas. O Banco Alimentar Contra a Fome, o Banco de Bens Doados e a Caritas de Lisboa são instituições fundamentais na resolução destes problemas que afectam muitos milhares de pessoas.

As paróquias e instituições vão ser também incitadas a criar respostas imediatas, como o pagamento de rendas de casa, água, luz, passes sociais ou medicamentos.

Neste sentido, foi aberta uma conta bancária (000700000073818455123), para receber todos os donativos.

No âmbito do projecto, o Patriarcado de Lisboa espera vir a negociar com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social eventuais soluções que permitam criar postos de trabalho ou ocupações em instituições ligadas à Igreja, de modo a promover o emprego e a potenciar melhores condições económicas às famílias. Para gerir os fundos recolhidos e o projecto foi criado um gabinete coordenador.

Em relação ao projecto «Igreja Solidária», o Cónego Francisco Crespo disse, esta quinta-feira, que o plano de combate à crise tem três fases, que passa por dar resposta a situações de carência imediata, planos de apoio ao emprego e ainda à criação de unidades de cuidados continuados.

Fonte: Agência Ecclesia

Outras informações sobre o projecto «Igreja Solidária»: Rádio Renascença, Sol, Rádio Vaticano, O Público, Sic...

See the Opportunity

Aplicação Web troca «crise» por «oportunidade» na Internet

Foi desenvolvida uma aplicação Web que elimina de todos os sites a palavra «crise», substituindo-a pela palavra «oportunidade».

O Plug-in para Firefox, foi desenvolvido pela Leo Burnett Lisboa em parceria com a ARC WW, e tem como objectivo «deixar de ver o problema para começar a ver a solução».Denominada «See the Opportunity», a aplicação está disponível em português, espanhol e inglês e pode ser descarregada aqui.

Não é que isto mude seja o que for, mas é uma ideia engraçada.... um pouco na linha daquele blog que pretende publicar apenas boas notícias ;-) ...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fontes renováveis fornecem 43 por cento da electricidade consumida em Portugal

Quarenta e três por cento da electricidade consumida em Portugal em 2008 teve origem em energias renováveis, tendo o país terminado o ano com 8.151 megawatts (MW) de potência instalada renovável.

Segundo as últimas estatísticas da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Portugal foi, em 2007, o terceiro país na União Europeia a 15 com maior incorporação de energias renováveis. Ainda assim, a produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis (FER) caiu nove por cento no ano passado, face a 2007, devido ao decréscimo verificado na componente hídrica.

a produção eólica cresceu 42 por cento em 2008 face ao ano anterior, situando-se actualmente a potência instalada eólica praticamente nos 2.800 MW (distribuída por 172 parques), precisamente a meta estabelecida para o final de 2008.

O aumento da potência instalada renovável registado no final de 2008 resultou, segundo a DGEG, do crescimento na potência eólica e fotovoltaica, tendo também incluído, pela primeira vez, a potência instalada numa central com aproveitamento da energia das ondas (do parque de ondas da Aguçadoura, ao largo da Póvoa de Varzim).

De acordo com os dados divulgados, a produção de energia eléctrica a partir de FER está concentrada no Norte, sobretudo nos distritos de Viana do Castelo, Bragança, Viseu, Coimbra, Braga e Vila Real. Excluindo a grande hídrica, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Viana do Castelo, Lisboa, Vila Real, Guarda, Braga e Santarém são os principais distritos em termos de potência instalada, com 81 por cento do total nacional.

É também no Norte que está concentrada grande parte da potência licenciada renovável, já que é aí que estão localizadas as grandes hídricas e um número significativo de parques eólicos. Já Lisboa, Leiria, Castelo Branco e Viseu têm uma forte componente eólica, correspondente a mais de metade da potência renovável destes distritos.

Em termos de produção eólica, os distritos com maior potência instalada eram, em Dezembro, Viseu, Castelo Branco, Viana do Castelo, Coimbra, Lisboa, Vila Real, Leiria, Santarém e Braga. Segundo os dados da DGEG, até Dezembro de 2008 foram licenciados 9.687 MW de instalações electroprodutoras a partir de FER, mais 19 por cento relativamente à potência instalada actualmente.

As energias renováveis têm sido a grande aposta da política energética do Governo português, em detrimento da energia nuclear, que o executivo já por várias vezes assegurou não estar na agenda pelo menos até ao final da legislatura.

Ainda assim, a Enupor - Energia Nuclear de Portugal, um consórcio de investidores lançado em 2005 por Patrick Monteiro de Barros, diz aguardar uma evolução da actual posição do Governo e manter em cima da mesa a sua proposta de construção da primeira central nuclear em Portugal.

Recentemente, em declarações à agência Lusa, o administrador da Enupor Sampaio Nunes criticou a falta de acção do Governo nesta área e alertou que tal implica uma «degradação competitiva» de Portugal face aos seus parceiros, onde está a ocorrer «uma revolução do renascimento da energia nuclear».


Fonte: Lusa / SOL

terça-feira, 7 de abril de 2009

The World Digital Library will launch on April 21, 2009

The World Digital Library will make available on the Internet, free of charge and in multilingual format, significant primary materials from cultures around the world, including manuscripts, maps, rare books, musical scores, recordings, films, prints, photographs, architectural drawings, and other significant cultural materials. The objectives of the World Digital Library are to promote international and inter-cultural understanding and awareness, provide resources to educators, expand non-English and non-Western content on the Internet, and to contribute to scholarly research.

World Digital Library Prototype

At the UNESCO General Conference in Paris on October 17, 2007 the Library of Congress, the Bibliotheca Alexandrina, the National Library of Brazil, the National Library and Archives of Egypt, the National Library of Russia, and the Russian State Library presented a prototype of the future World Digital Library. The prototype features books, manuscripts, maps, films, prints and photographs, and sound recordings contributed by the partner institutions. It functions in Arabic, Chinese, English, French, Portuguese, Russian and Spanish, and includes content in additional languages. Other features include search and browse by place, time, topic, type of item, and contributing institution; a “Memory of” section devoted to in-depth exploration of the culture and history of individual countries; and videos by curators that explain why particular primary source documents are important and what they tell us about a culture.

Fonte: World Digital Library Project Home

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O casamento ou as relações longas não têm que ser nenhuma sentença de morte para o amor romântico

05.04.2009, Natália Faria

O casamento pode matar o amor romântico mas não tem que ser assim

É uma espécie de descoberta do amor verdadeiro. Cientistas norte-americanos analisaram o cérebro de alguns casais e provaram que estes continuam apaixonados ao fim de 20 ou 30 anos de vida em comum. Melhor ainda: com a excitação típica das paixões, mas livres da obsessão e do ciúme. São "casos raros", alerta Júlio Machado Vaz, mas que provam que vale a pena investir nas relações de longo prazo.

Oscar Wilde não tinha razão. Ao contrário do que dizia o dramaturgo (e nós acreditamos porque nos disseram que é assim), o casamento ou as relações longas não têm que ser nenhuma sentença de morte para o amor romântico. Este pode sobreviver a 50 anos de vida em comum tão profundo e tão incólume como no estado de paixão. Melhor ainda: igualmente intenso, absorvente e sexualmente activo, mas sem o traço obsessivo que caracteriza os apaixonados.

A conclusão está contida no estudo Does a Long-Term Relationship Kill Romantic Love? (Uma Relação Duradoura Mata o Amor Romântico?, em tradução literal), feito por Bianca P. Acevedo, psicóloga e investigadora da Stony Brook University, em Nova Iorque. "A generalidade das pessoas habituou-se a pensar que uma relação de décadas, com ou sem casamento, se reduz inevitavelmente a uma relação de companheirismo e de ternura apenas. E nós percebemos que não é necessariamente assim: é possível que, ao fim de 40 ou 50 anos, o casal continue enamorado e sexualmente motivado, tal como quando se apaixonou", declarou Bianca P. Acevedo, em conversa telefónica com o P2.

[...]

[Júlio Machado Vaz, sexólogo]

"Nós tendemos a olhar para o amor como um subproduto da paixão, a mitificar a paixão, e isso não é justo. Muitos casais que passam pelo meu consultório dizem que gostaram muito de estar apaixonados mas que gostam mais do que conseguiram ao fim de muitos anos. E, efectivamente, um amor longo, em que a intimidade se desenvolveu e a confiança também, é muito gratificante. Aqui, ao contrário do que se passa na paixão, a pessoa já conhece o outro como ele é na realidade e não como o construiu na sua cabeça ou como ele se apresenta perante o outro. Num estado de paixão nós somos aquilo que somos mais aquilo que achamos que o outro gosta; a isso chama-se sedução, e esse tipo de relação satisfaz no curto prazo, mas depois é impossível de manter."

Há mais boas notícias a somar a estes argumentos. Nas relações onde perdura o amor romântico, os membros do casal analisados por Bianca P. Acevedo evidenciaram uma auto-estima elevada e mostraram-se mais satisfeitos com a vida em geral. Já os casais unidos pelo amor companheiro demonstraram uma satisfação moderada, enquanto os que estavam presos a relações insatisfatórias e conflituosas denotaram um desagrado generalizado. "Já há muita literatura que explica que uma relação amorosa feliz reforça o sistema imunitário das pessoas e aumenta o seu bem-estar psicológico", diz ao P2 Bianca P. Acevedo. "Os casais que têm relações longas e felizes desenvolvem uma intimidade e uma confiança, sem aquele medo de se vai ser deixado ou não, que não só solidifica a relação como dá uma gratificação muito grande", reforça Machado Vaz.

Esta descoberta pode mudar as expectativas com que partimos para relações de longo prazo. De acordo com os autores, apostar numa relação para a vida inteira não tem que ser sinónimo de conformismo ou de abnegação. "A ideia, assumida por milhares de casais, de que para estarem juntos têm que aceitar a transformação do amor que sentiam numa espécie de amor-amizade deixou de fazer sentido", sublinha Bianca P. Acevedo.

Dito de outro modo, o amor romântico passou a estar ao alcance de todos os casais. "Os casais que estão juntos há muitos anos e querem voltar a sentir-se apaixonados podem aspirar a isso", anunciou, para ressalvar: "Claro que isso implica energia e devoção."

[...]

Afinal, o mais difícil - provar que Oscar Wilde estava errado quando dizia que devíamos viver apaixonados e que por isso é que ninguém deveria casar-se - os cientistas já fizeram por nós.

Fonte: Público

quarta-feira, 1 de abril de 2009

SOLidariedade

SOLidariedade, porquê?

SOLidariedade é uma área em destaque no portal do SOL, com notícias sobre a actividade das mais de 5 mil instituições portuguesas de solidariedade social. Procuramos guiar os leitores na ajuda às instituições e permitir que elas se dêem a conhecer. Com este objectivo, o SOL convida as associações de solidariedade social a alojarem-se, gratuitamente, no nosso site.

O SOL divulgará as campanhas, os projectos, actividades e as outras iniciativas -- como campos de férias,espectáculos e feiras, das associações, em particular das pequenas instituições desconhecidas do grande público.

Para além das notícias,com actualização diária, queremos guiar o leitor pelas várias hipóteses de ajuda a estas instituições, que vão dos donativos em valores ou em géneros (sob a forma de comida, medicamentos, roupa, artigos de higiene, móveis, livros ou brinquedos). E também pelo voluntariado ou até com um simples 'click' gratuito na Internet.

Por outro lado, ofereceremos o alojamento no SOL, sem qualquer custo, de um site de cada associação, na expectativa de aumentar a sua visibilidade e, em consequência, a participação de mais cidadãos no seu futuro.

Contacto:
Pedro Prostes da Fonseca

Campanha solidária para as famílias em crise arranca com um milhão de euros

31.03.2009 - 20h54 Andreia Sanches

Gulbenkian espera que portugueses respondam

Destina-se às famílias mais atingidas pela crise, às que ficaram sem trabalho ou perderam os pequenos negócios que lhes garantiam a subsistência, às que não são abrangidas pelos apoios sociais, como o subsídio de desemprego, o complemento solidário para idosos ou o rendimento social de inserção. A campanha País Solidário foi apresentada em Lisboa pelo presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Emílio Rui Vilar. Um milhão de euros já angariados deverão começar a ser distribuídos na próxima semana.

A verba destinada a arrancar a campanha foi doada pela Gulbenkian, fundações EDP e Millenium BCP e pelos bancos BPI e Caixa Geral de Depósitos. Ontem, Rui Vilar deixou o repto à sociedade civil: “Que ajude a multiplicar este milhão”, seja “com um euro ou com milhares de euros.”

Para isso, foi criada uma conta bancária (com o NIB 0035 0001 0004 4000 93062), um número de telefone (760 307 307) e em breve estará disponível o site www.paissolidario.org. O que se pretende é dar uma resposta de emergência a pessoas que deixaram de conseguir fazer face a despesas como as propinas das escolas dos filhos.

“Mesmo que alguém não visse os telejornais bastaria andar na rua e nos transportes públicos para sentir o clima de incerteza e de preocupação que se vive”, diz Rui Vilar. Não é que o Estado não tenha medidas de protecção social, “mas há situações que não estão abrangidas nem pelo subsídio de desemprego nem por outros apoios e é nessas áreas, nessas franjas que é necessário agir.” E “a responsabilidade não pode ser só do Estado.”

Luísa Vale, do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano, explica que o ponto de partida foi pedir ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, que analisasse em que zonas do país há maior peso de famílias nas quais todos os elementos em idade activa estão sem trabalho. Com base nos dados decidiu-se que, numa fase inicial, o dinheiro recolhido no âmbito da campanha deverá ser utilizado para apoiar pessoas de 32 concelhos de quatro zonas: Grande Porto, vales do Ave e do Tâmega e península de Setúbal.

O fundo será gerido pelo Gulbenkian, mas canalizado para três instituições (Cáritas, Cruz Vermelha e os três bancos alimentares abrangidos por aqueles municípios). Afinal, diz Vilar, são estas instituições que “estão no terreno” e sabem como analisar os pedidos que lhes chegam bem como acompanhar os processos. “Queremos que cada euro doado seja um euro que vai para as pessoas.”

Preferencialmente, o dinheiro entregue às famílias será para pagar mensalidades de lares, creches ou instituições para deficientes.

Contudo, a Cáritas e a Cruz Vermelha têm liberdade de atender a outras situações. O pagamento de propinas também faz parte das “áreas críticas”. A ideia é que as instituições de ensino se comprometam com o seguinte: perdoam 50 por cento do que as famílias que vierem a ser abrangidas pela campanha lhes devem e recebem a outra metade. “Entre zero ou 50 por cento é melhor 50 por cento. Houve um contacto prévio e há instituições disponíveis”, diz Vilar.

Fonte: Público
> Mais informações... Campanha de solidariedade - País Solidário