quinta-feira, 17 de março de 2011

Comer Bem é mais Barato - A verdadeira Europoupança!

COMER BEM É MAIS BARATO é o mote da campanha criada pela Fundação Gulbenkian, Fundação EDP e SIC, com o apoio da DECO e da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, com o objectivo de contribuir para mudar atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas.

Esta campanha foi motivada por dados que dão conta de uma progressiva deterioração dos hábitos alimentares dos portugueses, que a crise económica e social veio agravar, havendo uma relação directa entre a falta de recursos, o pouco tempo de que dispõem e a falta de informação ou de motivação para melhorarem hábitos de consumo e de confecção dos alimentos.

A campanha televisiva foi lançada ontem pela SIC com o intuito de transmitir um conjunto de informações e conselhos que permitam a cada família fazer uma escolha alimentar mais consciente, responsável e económica. Nas próximas semanas serão apresentadas 7 refeições completas e equilibradas, do ponto de vista nutricional, pelo valor de 1€.

A campanha terá ainda um roadshow - uma carrinha que viajará por sete cidades, parando em locais públicos para confeccionar as receitas da campanha. Nestas paragens será proposto o regresso ao tipo de cozinha tradicionalmente praticada na bacia do Mediterrâneo, com base em nutrientes como o azeite, os frutos e legumes frescos e o consumo moderado de produtos lácteos, carne e peixe. Entre os alimentos serão identificados aqueles que, pelo preço reduzido, melhor se encaixam nos orçamentos familiares carenciados. As cidades serão Lisboa, Porto, Coimbra, Viana do Castelo, Santarém, Évora e Faro.
Nestas acções de proximidade está prevista ainda a distribuição gratuita de um livro com as receitas divulgadas durante a Campanha.

domingo, 13 de março de 2011

TED - Dennis Dutton: Uma teoria Darwiniana de beleza

O TED colabora com o animador Andrew Park para ilustrar a provocante teoria de Dennis Dutton sobre beleza -- que a arte, música e outras coisas belas, longe de estarem "nos olhos de quem as vê", são uma parte integral da natureza humana com origens evolutivas profundas.


Denis Dutton é um professor de filosofia e editor do jornal Arts & Letters Daily. No seu livro The Art Instinct, sugere que os humanos estão programados para procurar a beleza. 

terça-feira, 8 de março de 2011

TED - Elizabeth Gilbert fala sobre como alimentar a criatividade

Elizabeth Gilbert, autora do best seller internacional "Eat, pray, love", medita sobre as coisas impossíveis que esperamos dos artistas e dos génios - e partilha a ideia radical de que, em vez de uma pessoa rara "ser" um génio, todos nós "temos" um génio. É uma apresentação divertida, pessoal e surpreendentemente tocante.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Os beneficiários de microcrédito ligados à Associação Nacional do Direito ao Crédito viram 1.433 projectos aprovados criaram 1.812 empregos em 11 anos

Os beneficiários do microcrédito ligados à Associação Nacional de Direito ao Crédito viram aprovados 1.433 projetos em um pouco mais de onze anos, representando cerca de 7,7 milhões de euros. Estes projetos geraram 1.812 postos de trabalho, dos quais 172 ao longo de 2010, revelou esta semana a instituição.

O presidente da ANDC, Moahmed Ahmed, referiu à Lusa que mais de metade dos empreendedores que recorrem ao microcrédito são mulheres (52,7 por cento) e que o empreendedor tipo é o beneficiário "excluído social e financeiramente", mas cuja capacidade para criar o seu emprego surge devido a diversas circunstâncias impostas pela vida, entre outras, pertence a minorias étnicas, é imigrante ou perdeu o seu emprego.

"O espírito de luta, sacrifício e capacidade de adaptação" são algumas das características destes empreendedores que recorrem ao microcrédito, destacou.

No total dos processos, desde 1999, ano em que a ANDC foi criada, até janeiro de 2011, Lisboa lidera com 38,7 por cento das aprovações, seguida do Norte (24 por cento), Centro (21 por cento), Alentejo (10,4 por cento) e do Algarve com 6 por cento.

As pessoas que recorrem ao microcrédito têm de ter uma "ideia viável" para constituírem o seu negócio ou a sua microempresa, mas normalmente "não possuem o capital para concretizarem o seu desejo", nem a banca universal, ou de retalho, em Portugal, lhes concede crédito por não apresentarem "os requisitos mínimos exigidos", explicou à Lusa fonte do setor.

No período em análise, o valor médio dos projetos creditados, de acordo com a ANDC, cifrou-se em 8.222,33 euros, um montante superior ao registado em termos históricos, que se situa em 5.385,6 euros.

Comércio lidera projetos

Os beneficiários apostam sobretudo em atividades como o comércio por grosso e a retalho (37,3 por cento), seguida dos serviços na área do alojamento, restauração e similares (13,3 por cento) e das indústrias transformadoras (10,8 por cento), além de outras como as atividades ligadas construção (5 por cento), informação e comunicação (2,5 por cento) e à agricultura e produção animal (3,4 por cento).

A Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) é uma associação privada sem fins lucrativos, fundada em 1998 por um conjunto de pessoas que depois de aprofundada reflexão concluíram que, também, em Portugal se justificava e era desejável que se viesse a promover o desenvolvimento da experiência do Grameen Bank, criado por Muhamad Yunus no Bangladesh (1976).

A ANDC apoia quem não tem acesso ao crédito bancário nas condições normais de mercado e precisa de um empréstimo para criar o seu próprio negócio.

Saiba mais sobre o microcrédito aqui: http://www.microcredito.com.pt/

Boas Notícias

domingo, 6 de março de 2011

Uma visita botânica ao Cabo da Roca

O Cabo da Roca é excepcional por muitas razões. Uma das menos conhecidas, resulta da sua flora muito particular, que inclui espécies que só ali existem. Verá que escritor e fotógrafo conseguem transmitir o encanto do lugar.

Quem hoje caminha pela paisagem enrugada, desarborizada e ventosa que medeia entre a aldeia da Azóia, a três quilómetros do mar, e o cabo da Roca, vê estendida sobre o terreno uma manta de retalhos de vegetação, sem ordem aparente, sem fisionomia homogénea. Dir-se-ia uma charneca desarrumada, posta à beira das falésias atlânticas. Prados de várias gramíneas encontram-se polvilhados por tojos (Ulex sp.) e troviscos (Daphne gnidium); todo o conjunto repartido por sebes de abrunheiros (Prunus spinosa), madressilva (Lonicera peryclimenum) e silva (Rubus ulmifolius) e canavial (Arundo donax). É uma paisagem em alteração ou, melhor dizendo, nas primeiras fases da chamada sucessão ecológica: estes campos, agrícolas até há poucas décadas, estão sendo lentamente recolonizados pela vegetação nativa.


Ver artigo completo.

sábado, 5 de março de 2011

Foi apresentado em Vila Nova de Gaia o primeiro autocarro eléctrico concebido e fabricado em Portugal

in naturlink, Ana Ganhão (23-02-11)

Foi apresentado em Vila Nova de Gaia o primeiro autocarro eléctrico cem por cento português, vocacionado para o transporte nos centros das cidades, aeroportos e grandes superfícies, iniciando agora uma fase de testes para em Abril estar nas ruas de Gaia a transportar passageiros.
O Primeiro-Ministro José Sócrates presidiu à apresentação do primeiro autocarro eléctrico nacional, o Caetano 2500EL, desenhado e produzido pela CaetanoBus do grupo Salvador Caetano. O Caetano 2500EL é um autocarro para circuito urbano, com capacidade para 70 pessoas e autonomia mínima de 100 a 150 kms sem recarga de baterias.  A redução de ruídos e de emissões de CO2, bem como o aumento da autonomia nacional ao nível são umas das principais vantagens deste novo transporte colectivo.

O desenvolvimento e produção do autocarro eléctrico permitem responder à difícil questão da mobilidade urbana, poupando o ambiente e diminuindo a factura energética das empresas de transportes. Vila Nova de Gaia será a primeira cidade a receber a unidade protótipo do novo autocarro, já no próximo mês de Abril. O autocarro ficará em circulação naquela cidade por um período de três meses e será monitorizado por técnicos de uma empresa participada do Grupo Salvador Caetano e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Portugal está na linha da frente nas energias renováveis, tornando-se um país atraente para investimento de qualidade na mobilidade eléctrica, edificando um cluster industrial nesta área, tornando-se assim um dos primeiros países do mundo a ter uma política integrada para a mobilidade eléctrica assim como uma rede de carregamento de âmbito nacional. Segundo o Primeiro-Ministro, Portugal situa-se na quarta posição europeia em termos de consumo de energias renováveis. Em 2010, cerca de 52% da energia consumida no País teve na base energias renováveis, o que representou uma poupança de 800 milhões de euros em importação de petróleo.

A criação de uma rede de infra-estruturas de recarregamento de baterias em Portugal (Mobi.E) permitiu o desenvolvimento de vários projectos ligados à mobilidade eléctrica, juntamente com a evolução actual da tecnologia, em especial no campo das baterias, permitem viabilizar e ampliar a competitividade e fiabilidade da solução eléctrica nos transportes, quer individuais quer colectivos.

Portugal tem já dois casos de sucesso que importa salientar e que ilustram bem a nossa vocação de desenvolvimento tecnológico no sector energético e os seus consequentes benefícios na redução da nossa dependência energética e do nosso endividamento externo: por um lado, a aposta feita no aproveitamento de fontes renováveis de produção de energia, em que actualmente cerca de 53% do nosso mix eléctrico é proveniente desta via prevendo-se atingir 60% em 2020, e, por outro lado, o desenvolvimento de sistemas inteligentes de gestão energética, bem ilustrados pela experiência inov city de Évora.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Bilionários estão cada vez mais filantropos - aceitam doar mais de metade da fortuna durante a sua vida

O repto filantrópico de Warren Buffett e Bill Gates está a ser aceite por cada vez mais bilionários, que aceitam doar mais de metade da fortuna durante a sua vida, avançou hoje o director da revista "Economist" em Nova Iorque.

"As doações estão estagnadas ou em baixa nos Estados Unidos e noutros países ricos, mas não foram tão afectadas quanto o PIB [Produto Interno Bruto]. Há um interesse crescente em todo o mundo sobre como dar à filantropia um papel maior na resolução dos problemas sociais", disse à agência Lusa Matthew Bishop.

O compromisso financeiro de empresas e milionários para com projectos sociais ou culturais tem vindo a ser considerado cada vez mais necessário, face aos problemas financeiros que enfrentam as economias desenvolvidas, e que obrigam a cortar todo o tipo de despesas.

Neste contexto, Bishop aponta para os resultados alcançados pelo "Compromisso de Doação Buffett-Gates", dois bilionários que doaram eles próprios grande parte das riquezas acumuladas ao longo das suas carreiras, mas também para sinais de maior interesse por actividades filantrópicas na Europa.

"No Reino Unido, o novo governo declarou 2011 o ano da filantropia empresarial, num esforço para a aumentar. No Continente, muitas das firmas mais filantrópicas são controladas por famílias e bastante sigilosas. Uma que tem aumentado acentuadamente as suas doações é a Fundação Ikea", disse o editor da revista "Economist" para a economia dos Estados Unidos.

Ainda assim, sublinhou, a filantropia empresarial continua a ser mais significativa entre as empresas cotadas norte-americanas do que nas suas homólogas no estrangeiro. Para Bishop, os governos deveriam "desenvolver uma cultura de filantropia", nomeadamente através de benefícios fiscais para doadores. "A filantropia empresarial nos Estados Unidos está em boa forma e muito do que vai acontecer dependerá de as estratégias das empresas para estas áreas alcançarem os resultados pretendidos", adiantou.

Jornalista, com obra literária sobre filantropia, Bishop foi um dos convidados da UNESCO para uma sessão especial, na segunda-feira, sobre o envolvimento de agências das Nações Unidas com a comunidade empresarial em projectos de Educação.

Bilionários estão cada vez mais filantropos - Economia - DN

quinta-feira, 3 de março de 2011

Instituto Gulbenkian de Ciência no grupo dos dez melhores fora dos EUA para doutorados pelo 2º ano consecutivo


O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) integra, pelo segundo ano consecutivo, a listagem das dez melhores instituições para doutorados fora dos Estados Unidos da América, de acordo com um inquérito da revista “The Scientist”.

O IGC ocupa este ano a nona posição, tendo descido do oitavo lugar que ocupou em 2010, e é a única instituição portuguesa a constar da lista.

Em 2011, só três instituições do ano anterior conseguiram manter-se na lista, entre elas o IGC”, revela a instituição em comunicado, acrescentando que “são os próprios investigadores, ligados a instituições de investigação em todo o mundo, que elegem os melhores lugares para trabalharem”.

No mesmo comunicado, o IGC lembra que, “numa carreira de investigação, o período de pós doutoramento é crítico para solidificar a rota estabelecida durante o doutoramento, de modo a que o investigador se estabeleça como um futuro líder de investigação”.

Dados do próprio instituto de Janeiro deste ano revelam que trabalham actualmente 83 doutorados, divididos por 46 grupos de investigação, oriundos de 20 países: Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Brasil, Cuba, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Grécia, Índia, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, México, Portugal, Roménia e Suécia.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Microcrédito do BCP permitiu criação de 3000 empregos

Os projectos financiados, desde então, envolveram um empréstimo global de 16,5 milhões de euros.

No dia em que passa um ano sobre a publicação do decreto-lei que permitiu a constituição de sociedades financeiras de microcrédito, Helena Mena, que, no BCP, é responsável pela rede autónoma de microcrédito disse à agência Lusa que os projectos financiados, desde então, envolveram um empréstimo global de 16,5 milhões de euros.

"Nesta área fomos os pioneiros em Portugal há onze anos. Em 2005, o banco decidiu criar uma rede autónoma de microcrédito que está a funcionar desde Novembro desse ano", sublinhou. Segundo Helena Mena, a crise, que deveria "trazer mais pedidos" para a criação de projectos de microcrédito, ao contrário do que era expectável, não gerou uma grande procura por parte das pessoas: "Estas retraíram-se um pouco e não querem arriscar".

No entanto, já se começa a verificar "uma inversão desta tendência", o que é salutar, uma vez que a criação de emprego autosustentado e o investimento na formação das pessoas dá "os seus frutos". O microcrédito permite a quem não tem emprego, por exemplo, e não possui condições de obter crédito bancário pela via tradicional, poder lançar as suas ideias em projectos financiados segundo as condições do microcrédito, mas dispondo de um "fato à medida, em que a flexibilidade é uma das preocupações".

"O crédito tem maturidade de quatro anos, e não ultrapassa por pessoa 17.500 euros, nem tem comissões e beneficia de 'spreads' baixos". A rede do Millennium BCP está vocacionada para este tipo de iniciativas, tendo "gestores de projecto e que apoiam os clientes", nomeadamente, na elaboração do plano de negócios, execução e também no acompanhamento. "O acompanhamento decorre até que a dívida seja liquidada", sublinhou à Lusa.

Microcrédito do BCP permitiu criação de 3000 empregos - Bolsa - DN