Africano é nova esperança para tratar sida
in DN, por PATRÍCIA JESUS, 2009-09-06
Anticorpos descobertos em sangue de doente apontam o calcanhar de Aquiles do vírus e abrem um novo caminho para a imunização.
Uma equipa de cientistas encontrou dois novos anticorpos que conseguem neutralizar o vírus da imunodeficiência humana (VIH). A descoberta foi feita graças ao sangue de um homem africano, do qual não se conhece o nome nem a história. Sabe-se apenas que foi infectado há mais de três anos e nunca desenvolveu a doença. Uma boa notícia que abre a porta ao desenvolvimento de uma vacina eficaz contra esta doença, que afecta mais de 35 mil pessoas em Portugal e cerca de 40 milhões em todo o mundo.
Combinados, os dois anticorpos (que os cientistas baptizaram de PG9 e PG16) são uma arma potente contra o VIH, porque mostram um ponto vulnerável - o calcanhar de Aquiles do vírus. Ou seja, apontam o caminho mais fácil para o neutralizar. Por isso, os cientistas querem usá-los para criar uma vacina, revela a última edição da revista Science.
Os investigadores analisaram amostras de sangue de 1800 pessoas infectadas de sete países africanos, da Tailândia, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos da América. O objectivo era encontrar indivíduos com protecção natural: que tendo sido infectados nunca desenvolveram a doença, sem terem recebido qualquer tipo de tratamento. Foi de África, o continente mais afectado pela pandemia, que veio a amostra com os dois anticorpos que enstusiasmaram os cientistas - são os primeiros eficazes contra o VIH a ser encontrados em mais de uma década. Segundo o estudo, o PG9 e o PG16 atacam a parte do vírus que infecta as células. A acção dos dois anticorpos centra-se em regiões do vírus que são comuns à maioria das estirpes, o que explica o seu sucesso.
Agora, é preciso desenvolver uma vacina que imite a ac- ção destes dois anticorpos. Depois é necessário testá-la para garantir que é segura e eficaz - primeiro em animais e em seguida nos humanos. Apesar de esta descoberta ser apenas o início do processo, é uma esperança num campo fértil em desilusões. Os esforços para conseguir uma vacina contra o vírus da sida arrastam-se sem resultados desde que o VIH foi identificado, há mais de 20 anos.
Os responsáveis da Iniciativa Internacional para a Vacina contra a sida esperam encontrar anticorpos ainda mais potentes. "Gostamos de pensar que é apenas a ponta do icebergue", comenta Wayne Koff, vice-presidente da Iniciativa.
Ver notícia original, aqui.
Combinados, os dois anticorpos (que os cientistas baptizaram de PG9 e PG16) são uma arma potente contra o VIH, porque mostram um ponto vulnerável - o calcanhar de Aquiles do vírus. Ou seja, apontam o caminho mais fácil para o neutralizar. Por isso, os cientistas querem usá-los para criar uma vacina, revela a última edição da revista Science.
Os investigadores analisaram amostras de sangue de 1800 pessoas infectadas de sete países africanos, da Tailândia, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos da América. O objectivo era encontrar indivíduos com protecção natural: que tendo sido infectados nunca desenvolveram a doença, sem terem recebido qualquer tipo de tratamento. Foi de África, o continente mais afectado pela pandemia, que veio a amostra com os dois anticorpos que enstusiasmaram os cientistas - são os primeiros eficazes contra o VIH a ser encontrados em mais de uma década. Segundo o estudo, o PG9 e o PG16 atacam a parte do vírus que infecta as células. A acção dos dois anticorpos centra-se em regiões do vírus que são comuns à maioria das estirpes, o que explica o seu sucesso.
Agora, é preciso desenvolver uma vacina que imite a ac- ção destes dois anticorpos. Depois é necessário testá-la para garantir que é segura e eficaz - primeiro em animais e em seguida nos humanos. Apesar de esta descoberta ser apenas o início do processo, é uma esperança num campo fértil em desilusões. Os esforços para conseguir uma vacina contra o vírus da sida arrastam-se sem resultados desde que o VIH foi identificado, há mais de 20 anos.
Os responsáveis da Iniciativa Internacional para a Vacina contra a sida esperam encontrar anticorpos ainda mais potentes. "Gostamos de pensar que é apenas a ponta do icebergue", comenta Wayne Koff, vice-presidente da Iniciativa.
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