quarta-feira, 2 de março de 2011

Microcrédito do BCP permitiu criação de 3000 empregos

Os projectos financiados, desde então, envolveram um empréstimo global de 16,5 milhões de euros.

No dia em que passa um ano sobre a publicação do decreto-lei que permitiu a constituição de sociedades financeiras de microcrédito, Helena Mena, que, no BCP, é responsável pela rede autónoma de microcrédito disse à agência Lusa que os projectos financiados, desde então, envolveram um empréstimo global de 16,5 milhões de euros.

"Nesta área fomos os pioneiros em Portugal há onze anos. Em 2005, o banco decidiu criar uma rede autónoma de microcrédito que está a funcionar desde Novembro desse ano", sublinhou. Segundo Helena Mena, a crise, que deveria "trazer mais pedidos" para a criação de projectos de microcrédito, ao contrário do que era expectável, não gerou uma grande procura por parte das pessoas: "Estas retraíram-se um pouco e não querem arriscar".

No entanto, já se começa a verificar "uma inversão desta tendência", o que é salutar, uma vez que a criação de emprego autosustentado e o investimento na formação das pessoas dá "os seus frutos". O microcrédito permite a quem não tem emprego, por exemplo, e não possui condições de obter crédito bancário pela via tradicional, poder lançar as suas ideias em projectos financiados segundo as condições do microcrédito, mas dispondo de um "fato à medida, em que a flexibilidade é uma das preocupações".

"O crédito tem maturidade de quatro anos, e não ultrapassa por pessoa 17.500 euros, nem tem comissões e beneficia de 'spreads' baixos". A rede do Millennium BCP está vocacionada para este tipo de iniciativas, tendo "gestores de projecto e que apoiam os clientes", nomeadamente, na elaboração do plano de negócios, execução e também no acompanhamento. "O acompanhamento decorre até que a dívida seja liquidada", sublinhou à Lusa.

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