Os projectos financiados, desde então, envolveram um empréstimo global de 16,5 milhões de euros.
No dia em que passa um ano sobre a publicação do decreto-lei que permitiu a constituição de sociedades financeiras de microcrédito, Helena Mena, que, no BCP, é responsável pela rede autónoma de microcrédito disse à agência Lusa que os projectos financiados, desde então, envolveram um empréstimo global de 16,5 milhões de euros.
"Nesta área fomos os pioneiros em Portugal há onze anos. Em 2005, o banco decidiu criar uma rede autónoma de microcrédito que está a funcionar desde Novembro desse ano", sublinhou. Segundo Helena Mena, a crise, que deveria "trazer mais pedidos" para a criação de projectos de microcrédito, ao contrário do que era expectável, não gerou uma grande procura por parte das pessoas: "Estas retraíram-se um pouco e não querem arriscar".
No entanto, já se começa a verificar "uma inversão desta tendência", o que é salutar, uma vez que a criação de emprego autosustentado e o investimento na formação das pessoas dá "os seus frutos". O microcrédito permite a quem não tem emprego, por exemplo, e não possui condições de obter crédito bancário pela via tradicional, poder lançar as suas ideias em projectos financiados segundo as condições do microcrédito, mas dispondo de um "fato à medida, em que a flexibilidade é uma das preocupações".
"O crédito tem maturidade de quatro anos, e não ultrapassa por pessoa 17.500 euros, nem tem comissões e beneficia de 'spreads' baixos". A rede do Millennium BCP está vocacionada para este tipo de iniciativas, tendo "gestores de projecto e que apoiam os clientes", nomeadamente, na elaboração do plano de negócios, execução e também no acompanhamento. "O acompanhamento decorre até que a dívida seja liquidada", sublinhou à Lusa.
Microcrédito do BCP permitiu criação de 3000 empregos - Bolsa - DN